segunda-feira, 27 de abril de 2009

Governo Lula 2009: A Cada 1,4 Dia Uma Inaguração


Brasília

O governo não está disposto a ficar refém da agenda negativa da crise. Por isso, prepara uma série de viagens para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para a mãe do PAC em 2009 (Dilma Rousseff), que serão marcadas por inaugurações de obras em infraestrutura e na área de educação. Pelo roteiro traçado no Palácio do Planalto, os dois poderão participar de pelo menos 257 inaugurações neste ano, média de uma solenidade a cada 1,4 dia. Na programação não estão incluídas eventuais cerimônias de ampliação de programas sociais, sobretudo os destinados às camadas mais pobres da população, como os chamados Territórios da Cidadania.


O governo tem uma agenda positiva para 2009 como instrumento para enfrentar a crise, diz o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Segundo a Presidência da República, 157 obras em infraestrutura com a participação da União serão concluídas neste ano. A maior parte delas integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Há de tudo na lista, de trecho de ferrovia a torre de aeroporto. O número pode ser maior, alegam auxiliares do presidente, já que não entraram na conta os projetos em Santa Catarina, onde a prioridade é reconstruir instalações danificadas pela chuva, como o Porto de Itajaí.


Se o cronograma for cumprido, Lula e Dilma participarão de cerimônias públicas principalmente nos três maiores colégios eleitorais do país. Afinal, os estados que terão mais obras concluídas em 2009, conforme a previsão oficial, serão Minas Gerais , Rio de Janeiro e São Paulo. Respeitada a cantilena presidencial de reverência à parceria institucional entre o Planalto e os governos estaduais, a ministra terá de dividir a cena, nos palanques mineiros e paulistas, com os tucanos Aécio Neves e José Serra, respectivamente.


AGENDA

Segundo Múcio, o itinerário de inaugurações de Dilma ainda não está fechado. Mas será estruturado logo depois da apresentação do balanço de dois anos do PAC, na primeira semana de fevereiro. A ideia é que a ministra tenha à disposição, como o presidente da República, uma espécie de comitê de agenda futura. Caberá ao grupo organizar a movimentação da pré-candidata, seja publicamente, seja nas conversas de bastidor com líderes de partidos políticos. A meta é viajar, circular pelos estados. E, claro, colocá-la para dar entrevistas, diz um assessor presidencial.


A prioridade de Dilma é a área de infraestrutura, mas ela pode acompanhar o presidente também na abertura de escolas técnicas. O Ministério da Educação planeja inaugurar 100 delas neste ano. Na área social, o governo não estuda apenas a ampliação do número de beneficiários do Bolsa-Família. A partir de fevereiro, criará mais 60 Territórios da Cidadania, os quais abrangerão mais 2 mil municípios. O programa leva às localidades com os menores índices de desenvolvimento humano mais de uma centena de ações tocadas por 15 ministérios.

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