sexta-feira, 9 de outubro de 2009

POBREZA DIMINUI NO BRASIL

O número de famílias com rendimento familiar per capita de até ½ salário mínimo caiu de 32,4% para 22,6%, em dez anos. No entanto, em 2008, metade das famílias brasileiras ainda vivia com menos de R$ 415 per capita. Mais da metade das mulheres sem cônjuge e com todos os filhos menores de 16 anos viviam com menos de R$ 249 per capita.


Embora tenha havido melhorias, 44,7% das crianças e adolescentes1 de até 17 anos viviam, em 2008, com uma renda familiar per capita de meio salário mínimo e 18,5% de ¼ de salário mínimo.

De 1998 a 2008, a proporção de casais sem filhos cresceu, passando de 13,3% para 16,7%, acompanhando a queda da fecundidade. Nesse mesmo período, cresceu a proporção das mulheres que se declararou pessoa de referência do domicílio, mesmo com a presença de um cônjuge (2,4% para 9,1%). Do mesmo modo, subiu de 4,8% para 11,8% a porcentagem de mães de 18 a 24 anos que são pessoa de referência.


Entre 1998-2008, dobrou a proporção dos jovens cursando o ensino superior: de 6,9% para 13,9%. No grupo de 16 a 24 anos, aumentou, de 38,1% para 49,1%, o percentual daqueles que ganhavam mais de um salário mínimo e diminuiu de 38,9% para 28,8% o percentual de jovens trabalhando mais de 45 horas semanais.



Em 2008, Dois terços dos jovens brancos e menos de um terço dos pretos e pardos cursavam o nível superior. 14,7% dos brancos e somente 4,7% dos pretos e pardos adultos tinham superior completo em 2008. Entre o 1% com o maior rendimento familiar per capita na população brasileira, apenas 15% eram pretos ou pardos.



A mortalidade infantil caiu 30% em dez anos. No mesmo período, com a queda da fecundidade, a população com menos de um ano de idade diminuiu 27,8%.

Em 2008, o Brasil já contava com 21 milhões de idosos. Em números absolutos, esta população com mais de sessenta anos já superava a da França, Inglaterra ou Alemanha. Mas, ao contrário desses países, 32,2% dos idosos brasileiros não sabiam ler e 51,4% eram analfabetos funcionais.



Em 2008, Brasil tinha 19,7 milhões de migrantes, e uma densidade demográfica de 22,3 habitantes por quilômetro quadrado. Já o número de casamentos registrados nos cartórios do país cresceu 31,1%, de 1998 a 2007.



Em dez anos dobrou percentual de jovens freqüentando a universidade

Na faixa de jovens de 18 a 24 anos houve avanços na área de educação, com a queda de 8,6%, em 1998, para 2,9%, em 2008, na taxa de jovens nessa faixa etária que ainda estavam no ensino fundamental (deve ser concluído em torno dos 14 anos de idade). Embora persistam as desigualdades regionais. No Nordeste, que tem o menor percentual, apenas 8,2% dos jovens de 18 a 24 anos freqüentam escola, enquanto no Sul, o percentual é mais que o dobro: 19,0%.


Outro avanço na faixa de 18 a 24 anos, demonstrado pela Síntese, é que dobrou a proporção dos jovens cursando o ensino superior: de 6,9% para 13,9%. Houve aumento da frequência ao ensino superior em todas as regiões do país, entre 1998 e 2008. Mesmo assim, o percentual é baixo quando comparado a países como França, Espanha e Reino Unido, essa proporção é superior a 50%, ou América Latina, onde Chile destaca-se com 52%.



Em 2008, metade das famílias vivia com menos de R$ 415 per capita

Em 2008, o valor médio do rendimento familiar per capita era R$ 720. Entretanto, metade das famílias vivia com menos de R$ 415, mesmo valor do salário mínimo de setembro de 2008. A distribuição de renda no país continua bastante desigual, como demonstram os valores do rendimento mediano no Nordeste e no Sudeste: R$ 250 contra R$ 500, respectivamente.


Entre 2001 e 2008, o grupo que reúne o último quinto de rendimento (mais ricos) diminuiu sua parte em 4,25 pontos p.p. em favor dos quintos inferiores (mais pobres). Embora o quinto tenha ganhado apenas 0,68 p.p., isso representa um crescimento proporcional maior (cerca de 26%) do que o obtido pelos quintos subsequentes, que também foram beneficiados com a melhoria da distribuição de renda.



Famílias com rendimento per capita de até ½ salário mínimo caem de 32,4% para 22,6%

A distribuição por classes de rendimento familiar per capita no período 1998/2008 foi mais favorável para aquelas unidades que viviam com até ½ salário mínimo. Em 1998, esse percentual para o conjunto do país era de 32,4% chegando, em 2008, a 22,6%. No Nordeste, a queda entre 2003 e 2008, foi de 13 p.p. (54,3% para 41,3%), provavelmente resultado de políticas públicas dirigidas às famílias mais pobres.

Fonte:IBGE

sexta-feira, 2 de outubro de 2009