sábado, 28 de março de 2009
ERNESTO GEISEL
General Ernesto Geisel (Bento Gonçalves, 3 de agosto de 1907 — Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1996) foi um general e político brasileiro, o quarto presidente do regime militar instaurado pelo golpe militar de 1964, chamado pelos militares de "Revolução de 1964".
Geisel era filho de Wilhelm August Geisel e Lídia Beckmann, imigrantes alemães luteranos, que imigraram para o Brasil em 1883.
Em suas entrevistas concedidas ao Centro de Processamento e Documentação (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, depois transformadas em livro, Ernesto Geisel declara que, em sua infância, entendia e falava o alemão, embora nunca tendo aprendido a ler nesse idioma. Na idade adulta entendia, mas falava com dificuldade o alemão.
Dois de seus irmãos também ingressaram na carreira das armas e tornaram-se generais: Henrique Geisel e Orlando Geisel, que chegou a ser ministro do exército durante o governo de Emílio Garrastazu Médici.
Ernesto Geisel iniciou sua carreira militar em 1921 , ingressando no Colégio Militar de Porto Alegre . Forma-se oficial na Escola Militar de Realengo em 1928. Participou de ações militares na Revolução de 30 como tenente. Fez parte das tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista, de 1932.
No início dos anos 30 também desempenhou as funções de secretário de fazenda da Paraíba quando os tenentes da revolução de 1930, passaram a ocupar cargos políticos.
Em 1940, Geisel casou-se com sua prima-irmã, Lucy, com quem teve dois filhos: Amália e Orlando, este último falecido num acidente de trem em 1957. Geisel jamais se recuperaria totalmente deste duro golpe.
Na década de 1950, Geisel comandou a guarnição de Quitaúna e gerenciou a refinaria de Cubatão, ambas no estado de São Paulo. Durante este período, ele estreitou suas ligações com o grupo militar que mais tarde seria conhecido como "Sorbonne", ligado à Escola Superior de Guerra.
Ele sempre teve interesse na área de extração petrolífera, tendo dirigido a refinaria de Cubatão em 1956, a Petrobrás (1969 a 1973) e, após 1979, a Norquisa, depois de ter deixado a presidência da República.
Em sua gestão na presidência da Petrobras, empresa estatal que deteve até a década de 90 o monopólio da extração de petróleo no Brasil , concentrou esforços na exploração da plataforma submarina, tendo obtido resultados positivos. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.
Após o golpe de 1964, em 15 de abril de 1964, foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castello Branco que o encarregou de averiguar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste do Brasil.
Geisel fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do marechal Costa e Silva à presidência da República.
Castello Branco o promoveu a general-de-exército em 1966 e o nomeou ainda ministro do Superior Tribunal Militar em 1967.
Com a posse de Costa e Silva na presidência, Geisel caiu no ostracismo político. No governo de Emílio Médici tornou-se presidente da Petrobras enquanto seu irmão Orlando Geisel se tornou o ministro do Exército. O apoio do irmão Orlando foi decisivo para que conseguisse ser lançado como candidato à presidência da república para o mandato de 1974-1979.
Lançado oficialmente candidato da Arena a Presidência em 18 de junho de 1973, foi eleito presidente com 400 votos contra 76 do "anticandidato" do MDB Ulysses Guimarães em 15 de janeiro de 1974.
Geisel se dedicou à abertura política que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do ministro do exército, Sylvio Frota em 12 de outubro de 1977.
Em 1977, em Sarandi, acontece uma invasão de terras na fazenda Annoni que dá início ao MST existente até hoje.
Outro episódio dramático foi a demissão, em 1976, do Comandante do II Exército de São Paulo por causa da morte do jornalista Wladimir Herzog.
Geisel conseguiu fazer seu sucessor João Figueiredo que continuou a abertura política.
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