sexta-feira, 4 de setembro de 2009

SETE DE SETEMBRO MINGUADO "QUEM LEMBRA?!"


SETE DE SETEMBRO MINGUADO

O ano foi marcado por um fato inédito: a dispensa de 44 mil dos 52 mil recrutas convocados. E até sem precisar - essa é a opinião de um dos mais influentes colaboradores do presidente Fernando Henrique na área econômica. A dispensa de recrutas teria desgastado a imagem do governo e azedado as relações com as Forças Armadas.

Um episódio que poderia ter sido evitado se, de acordo com esse assessor, houvesse um pouco mais de empenho e criatividade por parte do governo. O dinheiro economizado com a dispensa de recrutas poderia ter vindo de outra fonte, facilmente, segundo ele. A medida de emergência trouxe novamente discussões por mais verbas para os militares.

O governo não deu o dinheiro necessário, mas liberou R$ 300 milhões para o Ministério da Defesa, lançou o Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam, e abriu a discussão para a compra de novos caças para a Aeronáutica. Mesmo assim, os cortes de verba continuam severos. Dos R$ 5,2 bilhões previstos no orçamento, apenas R$ 3,3 bilhões foram liberados até agora.

A Aeronáutica foi a força mais prejudicada. Isso provocou o cancelamento de operações militares por todo o Brasil e impediu o reforço programado nas fronteiras da Amazônia. A falta de dinheiro também afetou o desfile de 7 de setembro.

Este ano, ele vai ter menos tropas e menos carros. Até a apresentação de caças da Força Aérea foi suspensa. Mas terá uma novidade: o Palácio do Planalto vai oferecer um coquetel depois do desfile para os oficiais mais graduados. Mas a maior preocupação dos militares agora não é o desfile, mas os recursos para o ano que vem. A proposta de orçamento do governo enviada ao Congresso prevê R$ 4,45 bilhões para o Ministério, verba que os militares esperam que o novo presidente não corte.


Fonte: Jornal Bom Dia Brasil - 2002

Nenhum comentário:

Postar um comentário