sexta-feira, 29 de maio de 2009
Uma Mega Sorte
Um dos ganhadores do concurso 1.077 da Mega-Sena retirou, nesta sexta-feira (29), o prêmio de R$ 14,4 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o sortudo estava desempregado e apostou uma única vez. Os outros R$ 14,4 milhões também foram recebidos nesta sexta-feira por um grupo de 24 pessoas em São Paulo (o prêmio saiu para um bilhete de São Paulo e outro de Minas Gerais).
“Deus foi muito bom para mim, pois estou desempregado há alguns meses. Só jogo quando a Mega-Sena está acumulada e, como agora, só aposto um bilhete”, contou o ganhador, ainda segundo a Caixa.
O apostador afirma que escolheu os números da aposta de forma aleatória. Todo o dinheiro foi investido na Caixa. “Vou pensar com calma [no que fazer com o dinheiro], mas uma coisa é certa, vou comprar uma casa o mais rápido possível”, diz.
Em São Paulo
Em São Paulo, 24 pessoas receberam a outra parte do prêmio da Mega-Sena, referente ao concurso 1.077. Ainda segundo a Caixa, a bolada foi dividida em 20 partes de R$ 657.668,41 e em outras quatro partes de R$ 333.180,03.
Forte Presença do Investidor Estrangeiro no Brasil
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou o pregão em leve alta nesta sexta-feira (29), garantindo o término de maio acima do patamar dos 53 mil pontos para o fechamento conquistado na véspera.
Nesta sexta-feira (29), índice Ibovespa subiu 0,30%, para 53.197 pontos.Volume financeiro evidenciou forte presença do investidor estrangeiro.
O volume financeiro negociado mais uma vez foi forte, de mais de R$ 8,1 bilhões, evidenciando a presença do investidor estrangeiro na bolsa nacional. Nesta sexta-feira, a Bovespa divulgou que o saldo de dinheiro externo em suas negociações já ultrapassa R$ 10 bilhões no ano.
De acordo com o superintendente da Banif Corretora, Raffi Dokuzian, o fluxo de capital estrangeiro continua muito grande para a bolsa brasileira e o Brasil segue como um país atrativo.
Na visão do especialista, muitos investidores estão antecipando resultados corporativos melhores no segundo trimestre e que o país apresentará um desempenho melhor do que outras economias na virada para 2010
"Além do fluxo estrangeiro, outro componente importante para a bolsa tem sido a queda do juro. Nunca se viu uma taxa tão baixa em um momento de crise. A Selic pode chegar a um dígito ainda em junho. Os investidores precisarão mudar as suas aplicações em busca de remunerações maiores e partirem para ativos mais arriscado", afirmou Dokuzian.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Real Fica Valorizado Perante o Dolar
Se continuarmos nesse rítimo, logo, a moeda brasileira estará no mesmo valor da moeda americana.
Depois um início de negócios com valorização, o dólar "virou" e operou em queda até o fim dos negócios desta quinta-feira (28).
A moeda norte-americana fechou vendida a R$ 2,009, com desvalorização de 0,29%. É a menor cotação registrada no ano. A segunda menor foi registrada na véspera, quando a moeda fechou a R$ 2,015.
Neste mês, a queda do dólar já chega a 7,9%, o que coloca a divisa a caminho da maior baixa mensal desde abril de 2003, quando cedeu 13,2%.
O dólar apresentou queda nas últimas quatro sessões e, na véspera, rompeu por alguns minutos o piso de R$ 2 pela primeira vez desde outubro do ano passado.
"Com dados nos EUA um pouco melhores e o forte fluxo (de entrada de recursos) para o país, a tendência do dólar é realmente para baixo", avaliou Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.
Na quarta-feira, a moeda chegou a ser vendida a R$ 1,999, mas encerrou os negócios, cotada a R$ 2,015 para venda.
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terça-feira, 26 de maio de 2009
SANTA CATARINA NO TOPO DA DEVASTAÇÃO
O NOVO CÓDIGO AMBIENTAL DE SANTA CATARINA FAVORECE ESSA PESQUISA
Estudo divulgado nesta terça-feira (26) mostra que, entre 2005 e 2008, em dez estados brasileiros avaliados, foi desmatada uma área de Mata Atlântica equivalente a cerca de dois terços do tamanho da cidade de São Paulo. Segundo o estudo, 1029,38 km² de mata foram desmatados no período considerado. As informações foram levantadas pela Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o relatório Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, a área original da mata no Brasil era de 1,315 milhão de km², distribuída em 17 estados (PI, CE, RN, PE, PB, SE, AL, BA, ES, MG, GO, RJ, MS, SP, PR, SC e RS). As informações mostram que esta área atualmente é de 102.012 km², o que significa que a extensão do bioma foi reduzida a 7,91% de seu território original. Essa porcentagem totaliza fragmentos de mata acima de 1km², e tem como base remanescentes florestais de 16 dos 17 estados em que há Mata Atlântica.
Se forem incluídos os fragmentos acima de 0,03km², o estudo mostra que a área de Mata Atlântica remanescente totaliza 11,41% da cobertura original.
O estudo divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica não analisou dados do desmatamento no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, em Pernambuco, na Paraíba, em Sergipe e Alagoas.
Média mantida
Flávio Ponzoni, coordenador técnico do estudo, diz que a média de desmatamento total observada nos períodos 2000-2005 e 2005-2008 se manteve praticamente a mesma. Entre 2000 e 2005, 349,65 km² de mata foram desmatados por ano, em média. Já de 2005 a 2008, uma média 341,21 km² do bioma foram desmatados por ano.
Ponzoni, entretanto, afirma que, “nestes três anos, confrontando com os cinco anteriores, foi desmatado quase o dobro nos dez estados analisados. O que detectaremos nos próximos dois anos se a tendência se mantiver?”
Quem Está no Topo da Devastação?!
O estudo mostra que os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Paraná foram, nesta ordem, os que registraram maiores índices de desmatamento no período analisado. Esses estados perderam áreas de 327,28 km², 259,53 km², 241,48 km² e 99,78 km², respectivamente, entre 2005 e 2008.
MEXEU COM O MEIO AMBIENTE, MEXEU COMIGO!
Se você acha que essa briga também é sua, vamos juntos protestar aos órgãos copetentes.
☼ Central de Relacionamento do Senado Federal - Brasil http://www.senado.gov.br/sf/senado/centralderelacionamento/
☼ Ouvidoria da Câmara dos Deputados - Brasil
http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/ouvidoria
☼ Central de Atendimento da Câmara dos Deputados - Brasil
http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faleconosco
☼ Central de Atendimento da Fatma Santa Catarina
http://www.fatma.sc.gov.br/index.php?option=com_contact&Itemid=186
☼ IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Para Sugestões, reclamações e denúncias sobre agressões ao meio ambiente podem ser feitas através da Linha Verde 0800-61-8080 (ligação é gratuita no Brasil) ou acesse Fax: (61) 3321-7713
☼ Superitendência do IBAMA em Santa Catarina
E-MAIL: luiz.trein@ibama.gov.br
AVENIDA MAURO RAMOS, Nº 1.113 CENTRO
CEP: 88.020-301 - CAIXA POSTAL 660 - FLORIANÓPOLIS - SC
TEL: (48) 3212-3300/3212-3301
FAX: (48) 3212-3351
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Em Recife Protesto Contra CPI do PSDB
Políticos do PT e do PDT, dirigentes da CUT e de ONGs fizeram ontem, em frente à Câmara de Vereadores de Recife, ato de desagravo à Petrobras e contra da Petrobrax do PSDB. Os manifestantes estiveram no plenário e, depois, puseram na rua, em frente à Câmara, um barril preto simbolizando o petróleo da estatal. Também espalharam faixas com críticas à oposição: “Os tucanos e demais setores conservadores da política não querem que a Petrobras explore nosso petróleo, que é nosso patrimônio” e “Não queremos que o Brasil pare, basta de ataque à Petrobras”. Da manifestação participaram três petistas — Fernando Ferro, Pedro Eugênio e Maurício Rands — e um pedetista — Paulo Rubem Santiago.
Ferro disse que o maior objetivo da oposição ao instalar a CPI é criar constrangimento político para a ministra Dilma Rousseff, possível candidata do partido à sucessão do presidente Lula. “Não vamos permitir que a maior estatal do país seja transformada em instrumento político, rasteiro, mesquinho, antipatriótico e antibrasileiro”, afirmou.
sábado, 23 de maio de 2009
CÓDIGO AMBIENTAL DE SANTA CATARINA: REPÚBLICA DA DEVASTAÇÃO
NÃO RECONHECER O MEIO AMBIENTE É NÃO RECONHECER A PRÓPRIA CASA!
VOCÊ QUER FICAR SEM CASA?!...
Qualquer pesquisa que for feita, vai revelar, o que os Deputados Catarinenses
não querem ver."Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina é um Retrocesso"
A Assembléia Legislativa de Santa Catarina aprovou o Código Estadual do Meio Ambiente, que difere da legislação federal. A principal alteração está no tamanho da área de mata ciliar, que deve ser preservada nas margens dos rios, a chamada área de proteção permanente.
É um projeto de lei polêmico principalmente porque altera o que prevê o Código Florestal Brasileiro.
A legislação federal determina a preservação de 30 metros de mata ciliar nas margens de córregos e rios. Pelo código proposto pelo estado de Santa Catarina, o tamanho da mata ciliar será menor: dez metros em propriedades acima de 50 hectares e cinco metros nas áreas com menos de 50 hectares.
A votação foi demorada e só terminou no início da noite de terça-feira (31). O código foi aprovado por 31 votos a favor e sete abstenções. Segundo as entidades ligadas ao agronegócio, o código estadual deve legalizar 26 mil propriedades de Santa Catarina, que estão irregulares com relação ao código federal.
“Temos exemplos de produtores que compraram terras para seus filhos e nunca desmataram. Hoje, essa terra não pode ser aproveitada, não tem renda nenhuma e os proprietários estão sem possibilidade de produzir”, disse Marcos Zadron, presidente da Organização das Cooperativas de Santa Catarina.
Já para os ambientalistas, o novo código é um retrocesso. Eles se dizem muito preocupados com a preservação dos mananciais. “No Vale do Itajaí, 90% das matas ciliares e todos os rios estão completamente degradados por pastagens. Tornar isso consolidado significa perpetuar o problema de enchentes, deslizamentos e enxurradas”, falou a especialista em recursos Hídricos, Beate Frank.
A aprovação do código também pode provocar uma série de questionamentos legais. O Ministério Público Federal já declarou que vários artigos vão contra o que diz a legislação federal. O relator do projeto, Romildo Titon, disse que não teme uma possível enxurrada de ações de inconstitucionalidade. “Eu acho que estamos legislando dentro de uma regra que nos permite legislar dentro da nossa realidade. O Congresso estabelece regras gerais. E não pode fazer uma lei que permaneça a validade para todos os estados brasileiros quando nós temos condições geográficas, climáticas e de ecossistema diferentes”, concluiu Titon.
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ÉPOCA PREPARA OS PALANQUES
A edição de ÉPOCA que vai às bancas neste sábado (23) discute o futuro do Brasil.
O governo Lula exibe os mais altos índices de aprovação popular de nossa história política. Nas aparições internacionais, Lula acumula sinais de prestígio crescente com os chefes de Estado e é personagem de reportagens elogiosas dos principais veículos da imprensa mundial. Graças a um sistema financeiro fortalecido por uma política de austeridade que contrariou os principais dogmas do PT, o Brasil de Lula enfrenta a crise global com um desemprego imenso e recessão em vários setores da economia – mas o ambiente é menos sofrido e menos pessimista que nos países centrais.
De olho no futuro imediato de sua herança política, que defenderá nos palanques de 2010, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ÉPOCA para falar do Brasil de 2020. De bom humor, chegou à sala de reuniões de seu gabinete pessoal, montado no Centro Cultural Banco do Brasil – para onde foi transferido o governo enquanto o Palácio do Planalto está em reforma –, falando de futebol. Disse que seu sonho, ao deixar o governo, é virar cartola do Corinthians. Depois, Lula concedeu uma entrevista cujos principais trechos serão publicados na edição de ÉPOCA.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu a reportagem de ÉPOCA na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso. Ela fica na região central de São Paulo, numa área que mistura o charme de prédios antigos a uma paisagem de degradação urbana que, aos poucos, vive um lento processo de recuperação. Na tarde chuvosa da entrevista, Fernando Henrique primeiro se queixa da dificuldade de adaptação à rotina paulistana e dos problemas que afetam todo morador da metrópole. "Com essa chuva, o trânsito vai ficar um inferno", diz ele. O senhor prestes a completar 78 anos pede então um café e começa a discorrer sobre o futuro do Brasil com a mesma paixão intelectual que o move há décadas. Apesar do tom otimista, ele vê dois grandes desafios para o país: educação e segurança pública.
O governo Lula exibe os mais altos índices de aprovação popular de nossa história política. Nas aparições internacionais, Lula acumula sinais de prestígio crescente com os chefes de Estado e é personagem de reportagens elogiosas dos principais veículos da imprensa mundial. Graças a um sistema financeiro fortalecido por uma política de austeridade que contrariou os principais dogmas do PT, o Brasil de Lula enfrenta a crise global com um desemprego imenso e recessão em vários setores da economia – mas o ambiente é menos sofrido e menos pessimista que nos países centrais.
De olho no futuro imediato de sua herança política, que defenderá nos palanques de 2010, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ÉPOCA para falar do Brasil de 2020. De bom humor, chegou à sala de reuniões de seu gabinete pessoal, montado no Centro Cultural Banco do Brasil – para onde foi transferido o governo enquanto o Palácio do Planalto está em reforma –, falando de futebol. Disse que seu sonho, ao deixar o governo, é virar cartola do Corinthians. Depois, Lula concedeu uma entrevista cujos principais trechos serão publicados na edição de ÉPOCA.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu a reportagem de ÉPOCA na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso. Ela fica na região central de São Paulo, numa área que mistura o charme de prédios antigos a uma paisagem de degradação urbana que, aos poucos, vive um lento processo de recuperação. Na tarde chuvosa da entrevista, Fernando Henrique primeiro se queixa da dificuldade de adaptação à rotina paulistana e dos problemas que afetam todo morador da metrópole. "Com essa chuva, o trânsito vai ficar um inferno", diz ele. O senhor prestes a completar 78 anos pede então um café e começa a discorrer sobre o futuro do Brasil com a mesma paixão intelectual que o move há décadas. Apesar do tom otimista, ele vê dois grandes desafios para o país: educação e segurança pública.
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sexta-feira, 22 de maio de 2009
Bovespa Fecha Em 50.568 Pontos
Depois de três dias consecutivos de baixa, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se recuperou nesta sexta-feira (22), garantindo uma semana de ganhos aos investidores, apoiada em ações de empresas ligadas ao setor de commodities.
O índice Ibovespa, referência para o mercado brasileiro, teve alta de 0,96% no dia, fechando aos 50.568 pontos.
Na semana, o ganho acumulado foi de 3,18%, apesar das três quedas seguidas de terça a quinta-feira. Na segunda, porém, o índice havia subido 5,01%. Desde o início do mês, a bolsa brasileira acumula alta de 6,93%, considerado o fechamento aos 47.289 pontos de 30 de abril.
Entre os ativos de maior peso na carteira, a Petrobras PN subiu 1,13%, para R$ 32,87; a Vale PNA avançou 0,43%, a R$ 32,45; o Itaú Unibanco PN ganhou 1,30%, para R$ 30,38; a BM&F Bovespa ON aumentou 4,52%, cotada a R$ 10,40; e Bradesco PN teve valorização de 1,13%, a R$ 28,61.
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quinta-feira, 21 de maio de 2009
PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA IMPULSIONA AS VENDAS
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, promete alavancar as vendas de imóveis no Feirão da Casa Própria, que começou nesta quinta e vai até domingo em São Paulo.
O evento já passou por Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Uberlândia e chegará também a Brasília (22 a 24 de maio), Recife, Porto Alegre (5 a 7 de junho) e Fortaleza (19 a 21 de junho).
De acordo com o superintendente regional da Caixa Econômica Federal em São Paulo, Valter Nunes, a expectativa de aumento de negócios de 10% em relação ao feirão anterior é "até conservadora" se levado em consideração o potencial do programa para impulsionar as vendas.
O programa permite o financiamento de imóveis de até R$ 130 mil para famílias com renda de até dez salários mínimos (R$ 4,65 mil).
No feirão de São Paulo, são oferecidos quase 110 mil imóveis, dos quais 42,5 mil são novos ou em construção e 67,4 são usados. Desse total, 28 mil fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que só financia imóveis novos.
De acordo com a Caixa, em um intervalo de três horas nesta quinta (entre 10h, horário da abertura, até as 13h), o volume de negócios fechados ou encaminhados chegou a R$ 34 milhões, entre imóveis novos, seminovos e recuperados judicialmente pela Caixa.
Entre 10h e 15h30, 10.667 pessoas estiveram na feira, segundo balanço da Caixa. A expectativa de visitação no feirão até domingo (24) é de 150 mil pessoas.
Nesta quinta, muitas chegaram de madrugada e fizeram fila para entrar no Centro de Exposições Imigrantes (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5), onde é realizado o feirão. Segundo o gerente, às 7h, havia 300 pessoas na fila, esperando a abertura dos portões.
Houve quem faltasse ao trabalho. Foi o caso da encarregada de lavanderia Daniela Firmiano.
"Faltei mesmo. O chefe entendeu. Ele não tinha outra escolha", disse. Junto com o marido, o autônomo Eli Nunes dos Santos, ela procurava um apartamento cuja prestação não ultrapassasse muito o valor que paga para viver em um cortiço no bairro da Barra Funda, em São Paulo (R$ 430).
Dentro do pavilhão do centro de exposições, as maiores filas se formaram diante de estandes de construtoras que anunciavam imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida.
Já na hora de fechar o negócio, as empresas faziam ofertas para concretizar a venda. No estande da Plano & Plano, quem compra um imóvel no feirão ganha os armários da cozinha. Nas duas primeiras horas do feirão, a empresa vendeu dez unidades.
As construtoras Brascan e Company oferecem cheque-bônus de R$ 200 na primeira prestação, e o comprador concorre a até R$ 1,5 mil em vale-compras se participar de um concurso cultural.
O coordenador de vendas da construtora MRV Engenharia, Marcos Madeira, disse que é possível até que faltem apartamentos durante o feirão. "A dica hoje é o cliente correr para o plantão, fazer a reserva ou colocar o nome na fila de espera", afirmou.
Segundo ele, o programa Minha Casa, Minha Vida é responsável por grande parte do aumento da procura.
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quarta-feira, 20 de maio de 2009
"ELE ESTÁ SE LIXANDO"
O deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS) afirmou nesta quarta-feira (20) que não deseja mais retornar ao cargo de relator do caso do deputado Edmar Moreira (Sem partido-MG), acusado de uso irregular de verba indenizatória. Moraes perdeu a função após dizer que o colega era “boi de piranha” e que estava “se lixando para a opinião pública”.
Moraes recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para voltar à função, mas o pedido foi negado de forma liminar. O partido dele já recorreu à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Casa para debater a substituição. Moraes, no entanto, afirmou que não volta ao cargo mesmo que vença na CCJ.
“O partido está recorrendo, mas eu não quero mais. Fiquei bobo com a imprensa que permitiu que se colocasse esta mordaça em mim”, disse o deputado do PTB.
Ele comemorou ainda a repercussão na mídia e o fato de ter sido convidado para dar entrevistas em vários veículos de comunicação de alcance nacional. “Tenho muito que agradecer a vocês, jamais imaginava ter este espaço”, disse Moraes. Ele acompanha o depoimento de Moreira e diz que agora deseja ser um "simples conselheiro" no colegiado.
terça-feira, 19 de maio de 2009
O FUTURO MOSTRARÁ O QUE É O CÓDIGO AMBIENTAL DE SANTA CATARINA
O ponto mais polêmico do código catarinense diz respeito à mata ciliar, esta que protege as margens de nascentes e rios e é de preservação permanente. A legislação federal diz que esta faixa de mata deve ter no mínimo 30 metros.
Pela lei catarinense, a proteção fica reduzida: cai para cinco metros em caso de pequenas propriedades e vai até dez metros nas propriedades com mais de 50 hectares.
O Ministério Público Federal concorda e afirma que o novo código estadual fere leis federais.
"Na verdade, a legislação estadual só pode complementar a legislação federal, de maneira a proteger mais o meio ambiente. Se ela não protege, se ela reduz esta proteção, ela é inválida"
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MÃE
Mãe, pessoa de papel fundamental no lar;
Lar, onde ela está presente todos os dias;
Dias, noções de tempo onde encontramos o seu amor;
Amor, dedicação para com seus filhos;
Filhos, fruto que ela gerou com muito carinho;
Carinho, que ela nos dá até hoje;
Hoje, instante do tempo que ela nos dá mais compreensão;
Compreensão, é o que ela tem conosco nos momentos mais difíceis;
Difíceis, momentos em que ela não está ao nosso lado;
Lado, partes felizes da vida que ela procura lembrar;
Lembrar, tudo que marca a sua vida;
Vida, é o que nós temos hoje graças a ela;
Ela, papel fundamental de ser mulher;
Mulher, é o que orgulho feminino;
Feminino, oposto ao masculino;
Masculino, é o que não pode desempenhar o papel de mãe.
Autores:
Denis Nazário
Marcos Roberto
28/02/2002
Lar, onde ela está presente todos os dias;
Dias, noções de tempo onde encontramos o seu amor;
Amor, dedicação para com seus filhos;
Filhos, fruto que ela gerou com muito carinho;
Carinho, que ela nos dá até hoje;
Hoje, instante do tempo que ela nos dá mais compreensão;
Compreensão, é o que ela tem conosco nos momentos mais difíceis;
Difíceis, momentos em que ela não está ao nosso lado;
Lado, partes felizes da vida que ela procura lembrar;
Lembrar, tudo que marca a sua vida;
Vida, é o que nós temos hoje graças a ela;
Ela, papel fundamental de ser mulher;
Mulher, é o que orgulho feminino;
Feminino, oposto ao masculino;
Masculino, é o que não pode desempenhar o papel de mãe.
Autores:
Denis Nazário
Marcos Roberto
28/02/2002
Tá 100% Confirmado !! Deputado do PSB Comete Crime em Curitiba
O resultado do exame de dosagem alcoólica feito na amostra de sangue do deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB) comprovou que o parlamentar estava embriagado no momento do acidente que matou dois jovens em Curitiba, na madrugada de quinta-feira (7).
De acordo com a análise, realizada pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba e divulgado no fim da manhã desta segunda-feira (18) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue. Para o Código Brasileiro de Trânsito (artigo 306), a apresentação de dosagem acima de 6 decigramas já é considerada crime, e o nível tolerado é de 2 decigramas.
O material examinado pelo IML foi coletado pelo Hospital Evangélico para exames clínicos logo após o acidente, mas só uma semana depois do acidente, quando a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) solicitou as amostras de sangue . “Hoje é possível afirmar com 100% de certeza que o deputado estava sob influência alcoólica no momento da colisão”, disse à Agência Estadual de Notícias o delegado Armando Braga de Moraes Neto, da Dedetran, que acompanha as investigações.
Família das vítimas
A empresária Cristiane Yared e a auxiliar de limpeza Vera de Almeida passaram a semana anestesiadas pela dor. Vera e Cristiane perderam seus filhos Carlos Murilo, de 20 anos, e Gilmar Rafael, de 26 anos. O carro onde eles estavam colidiu com o veículo dirigido pelo deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB).
O deputado estadual, de 26 anos, estava com a habilitação suspensa. Ele tinha 130 pontos na carteira. Nos últimos seis anos recebeu 30 multas, 23 por excesso de velocidade.
O acidente aconteceu quase 1h da manhã, horário em que, com menos carros circulando, os semáforos piscam a luz amarela, em alerta, em vários cruzamentos de Curitiba. É um sinal para que os motoristas diminuam a velocidade, olhem com atenção e só então avancem. Testemunhas dizem que o deputado ignorou todos esses cuidados e acabou acertando em cheio o primeiro carro que cruzou o caminho dele.
As câmeras do posto de combustível que fica na esquina onde ocorreu o acidente registraram as últimas imagens do carro onde estavam os dois rapazes que morreram. Nas imagens, o carro das vítimas passa em frente ao posto e freia ao se aproximar do cruzamento. Quando avança, é atingido pelo carro do deputado que vinha na outra rua.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
PRESIDENTE FALA SOBRE A PARCERIA ESTRATÉGICA PARA O BRASIL
Segunda-feira, 18/05/2009
É a segunda etapa de uma viagem que começou na Arábia Saudita, em busca de parcerias comerciais. Hoje, Lula vai jantar com o presidente chinês, Hu Jintao.
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34,818 mil Novas Vagas Formais Criadas no País.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, divulgou nesta segunda-feira (18) os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), que mostram uma recuperação do mercado de trabalho. O saldo de empregos em abril ficou em 106,205 mil, bem superior ao saldo registrado em março, de 34,818 mil novas vagas formais criadas no país.
Pela primeira vez no ano, a diferença entre criações de vagas e demissões ficou positiva. O número de demissões de janeiro, 101,748 mil, foi vencido pelo saldo dos meses de fevereiro março e abril. Nos quatro primeiros meses do ano, foram criadas no país 48,4 mil vagas de empregos formais. O número é bem menor que os 797,5 mil postos de trabalho com carteira assinada fechados entre os meses de novembro de 2008 e janeiro deste ano, segundo dados do Caged divulgados em fevereiro.
“Nós somos o primeiro país do G-20 a ter saldo positivo de emprego. Isso porque eu não considero a China, que não tem um sistema confiável de medição”, analisou o ministro. Indústria de transformação teve resultado positivo pequeno de 183 novas vagas.
Setores
Os seis principais setores da atividade econômica registraram no mês de abril, pela primeira vez no ano, um resultado positivo de emprego. De acordo com os dados do Caged, o segmento de serviços foi o que teve o melhor resultado absoluto em abril e foram criados 59,279 mil novos postos de trabalho. No ano, o saldo do setor está em em mais de 168,5 mil vagas.
A construção civil voltou a apresentar resultado positivo de admissões em abril. Nesse segmento foram criados 13,338 mil novos postos de trabalho no mês passado. No ano, o saldo é de mais de 43,6 mil empregos formais.
Na agricultura, o resultado também foi positivo em abril e foram criadas 22,684 mil novas vagas. Essa geração de novos postos fez o nível de empregos formais ficar positivo no setor pela primeira vez no ano em mais de 18,7 mil vagas.
Na administração pública também houve mais admissões do que demissões. O saldo foi de 5,032 mil novos postos de trabalho formais. No ano, o saldo é de 28,8 mil vagas.
A indústria de transformação registrou pela primeira vez crescimento no número de empregos. Em abril, houve criação de 183 novos postos de trabalho formal. Contudo, o desempenho do setor no ano tem déficit de 147,1 mil postos formais de trabalho.
No comércio, o mês de abril registrou saldo de 5,647 mil novas vagas. No ano, o segmento ainda apresenta redução do nível de emprego, de 65,1 mil postos de trabalho.
“Esse mês de abril consolida minha previsão de crescimento do emprego. Eu acredito que, no final do ano, serão gerados mais de um milhão de empregos no ano e crescimento do PIB entre 2% e 3%. Eu acredito que todos os setores da economia já estão dando uma resposta. E insisto, o Caged é o registro de todos os celetistas no Brasil, não é palpite, não é pesquisa e não é projeção”, avaliou Lupi.
Regiões
Das 27 unidades da federação, em nove ainda há déficit de empregos formais. Nos outros 18 estados, o resultado é positivo. São Paulo é o estado que teve o melhor saldo em abril, com a criação de 72,022 mil novas vagas.
Apenas a região Nordeste, segundo os números do Caged, ainda mostra uma redução do mercado de trabalho. Nos estados dessa região, foram fechadas mais de 24,6 mil vagas em abril. Segundo o Ministério do Trabalho, o déficit tem a ver com fatores sazonais relacionados à agroindústria.
No Norte, houve a criação de 652 vagas formais. O melhor resultado na região foi em Rondônia, onde foram criadas mais de 2,079 mil novas vagas. Lupi disse que o resultado positivo se deve principalmente ao início das obras na usina de Jirau, no rio Madeira.
O Sudeste puxou o crescimento do emprego formal no país e registrou a criação de mais de 99 mil novos postos. Todos os estados dessa região tiveram resultado positivo de emprego. Segundo os dados do Caged, São Paulo foi o que apresentou melhor resultado, onde foram criados mais de 72 mil novos empregos. Em Minas Gerais, foram abertas 15,602 mil novas vagas.
No Sul, o saldo foi de 11,708 mil admissões. O melhor resultado ocorreu no Paraná, onde o houve a criação de 7,937 mil novos empregos com carteira assinada. Todos os estados da região tiveram resultado positivo.
Na região Centro-Oeste, o resultado também foi positivo em 19,402 mil postos. O melhor desempenho do mercado de emprego foi em Goiás, onde foram abertas 14,662 mil novas vagas.
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CUT e FUP protestam contra CPI da PetrobraX
Entidades sindicais divulgam nota conjunta conta a CPI Petrobrax. Leia a íntegra nota:
Trabalhadores brasileiros vêem com apreensão a possibilidade de paralisação da Petrobrás, maior empresa brasileira
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) manifestam sua preocupação com a insistência da oposição em tentar paralisar a Petrobrás, empresa que responde por mais de 10% do PIB nacional e por quase 60% dos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
De forma irresponsável, o PSDB – mesmo partido que durante oito anos tentou sucatear e privatizar a Petrobrás, propondo, inclusive, mudar o nome da empresa para Petrobrax – quer inviabilizar alguns dos maiores investimentos do país, através de uma CPI que tem o claro intuito de desestabilizar a principal ferramenta do Brasil de combate à crise.
Querem paralisar a Petrobrás, desconstruindo sua imagem de empresa sólida, para retardar o máximo possível a exploração do pré-sal. Por trás da CPI proposta pelo PSDB, está também a intenção da oposição em dificultar ou impedir mudanças na legislação do setor petróleo, beneficiando as multinacionais com as atuais regras.
A Petrobrás é fundamental para o crescimento do país, movimentando a economia, gerando empregos e fazendo do Brasil uma potência mundial na produção de petróleo e gás e no desenvolvimento de tecnologias de ponta. Os trabalhadores brasileiros não permitirão que essa empresa, que tanto orgulha a nação, seja prejudicada e utilizada politicamente pela oposição para inviabilizar os principais investimentos do país.
Artur Henrique
Presidente Nacional da CUT
João Antônio de Moraes
Coordenador da FUP
Trabalhadores brasileiros vêem com apreensão a possibilidade de paralisação da Petrobrás, maior empresa brasileira
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) manifestam sua preocupação com a insistência da oposição em tentar paralisar a Petrobrás, empresa que responde por mais de 10% do PIB nacional e por quase 60% dos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
De forma irresponsável, o PSDB – mesmo partido que durante oito anos tentou sucatear e privatizar a Petrobrás, propondo, inclusive, mudar o nome da empresa para Petrobrax – quer inviabilizar alguns dos maiores investimentos do país, através de uma CPI que tem o claro intuito de desestabilizar a principal ferramenta do Brasil de combate à crise.
Querem paralisar a Petrobrás, desconstruindo sua imagem de empresa sólida, para retardar o máximo possível a exploração do pré-sal. Por trás da CPI proposta pelo PSDB, está também a intenção da oposição em dificultar ou impedir mudanças na legislação do setor petróleo, beneficiando as multinacionais com as atuais regras.
A Petrobrás é fundamental para o crescimento do país, movimentando a economia, gerando empregos e fazendo do Brasil uma potência mundial na produção de petróleo e gás e no desenvolvimento de tecnologias de ponta. Os trabalhadores brasileiros não permitirão que essa empresa, que tanto orgulha a nação, seja prejudicada e utilizada politicamente pela oposição para inviabilizar os principais investimentos do país.
Artur Henrique
Presidente Nacional da CUT
João Antônio de Moraes
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CPI da PETROBRAS; ENTENDA O PORQUE !!!
"O PSDB não gosta da Petrobras. Nem do Brasil"
Em entrevista concedida ao Correio da Cidadania, em janeiro deste ano, o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, alertava para uma nova campanha de desmoralização da empresa diante do público. Entre outras coisas, ele recorda que a gestão do PSDB governando o país foi responsável pela quebra do monopólio do petróleo, pela venda de 36% das ações da Petrobrás na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Para Siqueira, o governo depende da participação popular para defender o nosso petróleo.
Gabriel Brito e Valéria Nader - Correio da Cidadania
Maior e talvez mais emblemática empresa brasileira, a Petrobrás começa 2009 da mesma maneira que terminara 2008, isto é, no centro dos mais importantes, e acalorados, debates nacionais. Acusações de má gestão, empréstimos questionados, pesadíssimo jogo de influência nos corredores políticos em torno do marco regulatório petroleiro foram todos pontos respondidos por Fernando Siqueira, novo presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), em entrevista concedida ao Correio da Cidadania.
Explicando serem de rotina os empréstimos tomados no final do ano passado, Siqueira alerta para uma nova campanha de desmoralização da empresa diante do público, o que seria estratégico para os setores interessados na manutenção do atual marco regulatório do petróleo.
No entanto, não referenda completamente a gestão da empresa, como, por exemplo, no que se refere à situação de alguns funcionários, especialmente terceirizados, que trabalham sob condições precárias (foram 15 mortes em 2008). Tal deterioração de sua infraestrutura, aliás, poderia não ser mera coincidência em meio às descobertas do pré-sal e à grande interrogação nacional sobre quem exercerá o controle dessa fortuna não renovável.
Correio da Cidadania: No último mês de 2008, vieram a público informações a respeito de empréstimos que a Petrobrás vem tomando da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Os comentários acerca do tema são exageros e tais operações podem ser consideradas rotina de uma empresa de tal porte. Ou será que há sinais de que a estatal estaria passando por dificuldades em suas contas?
Fernando Siqueira: A meu ver, todo este estardalhaço do noticiário faz parte de uma nova campanha de descrédito da Petrobrás perante a opinião pública, visando a desacreditá-la como capaz de desenvolver a produção do pré-sal, uma descoberta monumental, que tem reservas seis vezes maiores que as existentes até hoje. Já vimos esse filme...
Em 1995, houve forte participação da mídia na defesa da quebra do Monopólio Estatal do Petróleo. Foi montada uma campanha sórdida na mídia contra as estatais em geral e a Petrobrás em especial. A Veja, por exemplo, na ocasião fez uma matéria de dez páginas atacando a empresa com informações absurdamente falaciosas e não respeitou o direito de resposta nem mesmo como matéria paga, desrespeitando o artigo 5º da Constituição.
No caso presente, essas operações financeiras são feitas como de rotina, mas receberam um destaque na mídia muito maior do que, por exemplo, o caso da americana AES, que na privatização adquiriu a Eletropaulo com dinheiro do BNDES, remeteu lucro para o exterior e não pagou a dívida com o Banco.
Portanto, é uma operação de rotina da Petrobrás usada como pretexto para uma nova campanha da grande mídia que faz o jogo dos seus anunciantes, ou seja, as corporações multinacionais.
Outro fato: em 1999, FHC substituiu seis diretores da Petrobrás no Conselho de Administração (CA) por seis conselheiros do setor privado, alguns representantes do sistema financeiro internacional, ficando o CA com nove membros externos. Este CA decidiu por uma economia forçada na empresa, cortando promoções e até despesas com papel higiênico. Objetivo: tentar mostrar ao povo que a empresa está com dificuldades financeiras e não pode conduzir o pré-sal.
CC: A partir dos empréstimos, começou a se aventar que na verdade o problema da Petrobrás é administrativo, pois foram anos colhendo grandes lucros, com importantes negócios inclusive fora do país. Esse raciocínio pode ser considerado válido?
FS: Eu não diria que a atual administração tem a competência ideal, pois além da permanência da maioria do segundo escalão do governo FHC, há alguns gerentes nomeados mais por militância do que por competência. Mas, ainda assim, ela consegue ser muito melhor do que as administrações de Reichstul e Francisco Gros.
Durante a gestão Reichstul, a Petrobrás teve 62 acidentes sérios em dois anos, contra uma série histórica de menos de um acidente grave por ano de 1975 a 1998. Este fato, inclusive, nos levou a suspeitar de sabotagem para jogar a opinião pública contra a Petrobrás. E, a partir de nossas denúncias, os acidentes cessaram. O objetivo era desmoralizar a empresa para desnacionalizá-la. Reichstul chegou a mudar seu nome para Petrobrax com esse objetivo. Ele também desmontou a equipe de planejamento estratégico da Petrobrás, entregando-o à empresa americana Arthur De Little, presidida por seu amigo Paulo Absten. E esta fez um planejamento catastrófico. Definiu a ida para o exterior e a compra de ativos podres na Bolívia, Argentina e Equador como problemas. Ele dividiu a Petrobrás em 40 unidades de negócio para desnacionalizá-la, conforme preconizado pelo Credit Suisse First Boston.
Francisco Gros, segundo sua biografia publicada em revista da Fundação Getulio Vargas, voltou ao Brasil como diretor do banco Morgan Stanley com a missão de assessorar as empresas americanas no processo de privatização brasileiro. Gros foi para a diretoria do BNDES (que comandou o processo) e acumulava a direção daquele banco com o Conselho de Administração da Petrobrás. Com a saída de Reichstul, ele assumiu a presidência da empresa e, em discurso em Houston (EUA), logo após a posse, declarou que a Petrobrás passaria de empresa estatal para empresa privada de capital internacional. Nós barramos esse seu intento. Mas outro grande estrago foi feito.
CC: Quanto aos acidentes, o ano começou com o surgimento de outro tema preocupante: a morte de um funcionário, terceirizado, na Bacia de Campos. Desde 95, são 273 mortes, sendo 220 de pessoas ligadas a empresas prestadoras de serviços; em 2008, foram 15 os acidentes fatais. O que pode ser dito desses números e das condições de trabalho dos funcionários, especialmente daqueles que realizam as tarefas de maior margem de risco?
FS: A terceirização é outro problema sério. Faz parte do plano de ataque à integridade da Petrobrás. Além disto, é uma exploração da mão-de-obra de pessoas que, em sua maioria, são usadas para dar lucro a gigolôs de mão-de-obra. Essas pessoas não têm a menor garantia, como encargos sociais, treinamento ou planos de saúde. De modo geral, são contratados via cooperativa ou são obrigados a criar uma empresa para que os encargos sociais e impostos sejam reduzidos.
Lembro que quando o Credit Suisse First Boston coordenou a venda da YPF argentina para a Repsol, antes da privatização, a YPF passou de 37.000 para 7.000 empregados, contratando os demitidos como terceirizados. O mesmo banco entregou ao governo Collor um plano de privatização da Petrobrás. Consistia em vender as subsidiárias e dividir a holding em novas subsidiárias para privatização. Terceirizar era parte do plano.
Collor começou o processo. Itamar Franco, nacionalista, o interrompeu, mas FHC o retomou, tendo elaborado projeto de lei que cria subsidiárias sem ouvir o Congresso e dividido a Petrobrás em 40 unidades de negócio para transformá-las em subsidiárias e privatizá-las. Começou com a Refap do Rio Grande do Sul e pretendia fazer o mesmo com as demais 39 unidades. Parou porque, junto com os dirigentes do Sindipetro-RS, ganhamos uma liminar que suspendeu o processo.
CC: O desligamento do instituto Ethos, pedido pela Petrobrás no final do ano passado, acabou gerando muitas críticas à empresa, que por sua vez também saiu disparando contra os governos de São Paulo e Minas, acusando-os de conspirar contra a imagem da estatal. Ter adiado a adequação do combustível aos padrões ambientais exigidos não consiste em uma atitude negativa para a imagem da empresa?
FS: Há informações da própria Petrobrás de que o Instituto Ethos fazia uma campanha insidiosa contra a empresa. Dizia, por exemplo, que a poluição da cidade de São Paulo era devida ao teor de enxofre no diesel, o que não procede. A poluição é formada por poeira, ozônio e outras partículas. Muito pouco tem a ver com enxofre.
Diz a empresa: `O diretor da Petrobrás classificou de `desinformada e irreal` a crítica de que a empresa não teria se preparado para fornecer o diesel S-50`. Ele destacou os investimentos realizados nas refinarias, no total de US$ 4 bilhões, que permitirão à empresa produzir o diesel. Atualmente, o produto está sendo importado. O diretor ressaltou que somente o fornecimento de um diesel menos poluente não será suficiente para resolver os problemas de qualidade do ar das grandes cidades. Ele chamou atenção para a presença de veículos antigos na frota brasileira, além do tráfego elevado nas grandes cidades, como elementos que devem ser levados em conta. `Não basta só o combustível`, afirmou.
Outra questão é que o Instituto alegava que a Petrobrás não cumpria a resolução 315 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que regulava o teor de enxofre; segundo a empresa, não existe uma resolução do Conama que regule o índice de enxofre no diesel.
`A Procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Ana Cristina Bandeira Lins, destacou a iniciativa da Petrobrás em cumprir o acordo com o MPF. Ela esclareceu que a resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente regulamentava as emissões nos veículos com tecnologia P-6, que não estarão disponíveis no mercado brasileiro`.
Lembro que a gestão do PSDB governando o país foi responsável pela quebra do monopólio do petróleo, pela venda de 36% das ações da Petrobrás na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Elaborou o projeto de lei e fez com que o Congresso aprovasse a famigerada lei do petróleo (a Lei 9478/97) que contraria a Constituição, dando a propriedade do petróleo a quem o produz. Além disto, fixou a participação da União na produção de petróleo entre 10 e 40%, quando no mundo os países exportadores recebem a média de 84% de participação e os da OPEP, 90%.
O governo do PSDB vendeu a Vale do Rio Doce por valor menor do que um milésimo do valor dos ativos e direitos minerários que ela detinha. Ou seja, o PSDB não gosta da Petrobrás. Nem do Brasil.
CC: Quais são as projeções de investimento para 2009, em meio à queda do preço do petróleo e às expectativas quanto ao pré-sal?
FS: Segundo o presidente Gabrielli, em entrevista ao portal G1, de 22/12/2008, os investimentos de 2009 crescerão de R$ 50 bilhões para R$ 72 bilhões. Entretanto, o planejamento estratégico da empresa, que inclui o pré-sal, ainda não foi fechado, tendo sido adiado para o final de janeiro. A queda atual do petróleo é temporária. O viés é de alta, em face de estarmos atingindo o pico de produção mundial.
Acho até que a atual crise mundial foi triplamente oportuna para os EUA:
1) o dólar estava despencando mundialmente, pois todos os países descobriram que, após a decisão unilateral de Nixon em 71, desobrigando o lastro-ouro para cada dólar emitido, havia US$ 3 trilhões emitidos; e foram emitidos mais 45 trilhões após 71, sem qualquer garantia. A débâcle do dólar quebraria o país (os emitentes de dólar são o Banco Central americano - o FED - e suas 12 filiais – todas privadas). A crise levou os investidores para os títulos do tesouro americano, ressuscitando o dólar;
2) Os EUA importam cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano. A crise derrubou o preço do barril dando um enorme alívio à sua economia;
3) Os EUA estão montando um esquema de pressão e lobby para obter o pré-sal, tendo até reativado a 4ª frota. Com a queda brutal dos preços esse trabalho fica mais fácil, porque os brasileiros passam a achar o pré-sal inviável e reduzem o interesse e a mobilização em defesa dessa imensa riqueza, cada vez mais estratégica e mais escassa.
CC: Um assunto que parece ainda inevitável para este ano é o que se refere ao atual marco regulatório do petróleo. Será necessária a mobilização popular contra o lobby em favor dos estrangeiros ou o governo poderá dar conta de realizar as alterações desejadas pelos setores mais nacionalistas e prometidas pelo próprio Lula sem essa mobilização?
FS: O governo precisa muito da participação popular na defesa do nosso petróleo. Ele vem sofrendo pressões terríveis contra a mudança do marco regulatório, altamente pernicioso para o país. Há duas fontes poderosíssimas comandando esse lobby:
1) Os Estados Unidos, que consomem cerca de 10 bilhões de barris por ano e só têm 29 bilhões de reservas. O pré-sal representa para eles cerca de 9 anos de consumo;
2) O cartel internacional do petróleo, formado pelas sete irmãs, e que domina o setor há 150 anos com todo tipo de ações pouco recomendáveis, como suborno, deposição e assassinato. Agora esse cartel está vendo ameaçada sua sobrevivência pelo fato de suas reservas minguarem para apenas 3% das reservas mundiais, contra 65% em poder das 8 `irmãs` estatais: Saudi Aramco (Arábia Saudita), INOC (Irã), Petrochina, Petronas (Malásia), Gazprom (Rússia – renacionalizada), Petrobrás, PDVSA (Venezuela) e Pemex (México). O Financial Times publicou matéria que prevê menos de 5 anos de vida ao cartel se a situação de suas reservas permanecer assim. Eles não vão aceitar esta morte facilmente.
Há, portanto, um lobby pesado pela manutenção do marco regulatório, que favorece muito os EUA e o cartel das irmãs. Ocorreram quatro audiências públicas e seminários no Senado Federal em 2008. Cada um com cerca de cinco mesas. Cada mesa com pelo menos dois lobistas. Estavam lá nomes como: João Carlos de Luca, presidente da Repsol (empresa espanhola adquirida pelo banco Santander - braço do Scotland National Bank Corporation, de capital Anglo-Saxão); David Zilberstajn - ex-diretor da ANP, que iniciou os leilões dotando os blocos de áreas 220 vezes maiores que os blocos licitados no Golfo do México; Eloi Fernandes, idem a Zilberstajn; Adriano Pires, lobista do Instituto Liberal, criado pela Shell para ajudar a derrubar o monopólio do petróleo; Jean Paul Prates, idem a Adriano. E muitos outros.
Nós enviamos uma carta ao Senado reclamando nossa participação como contraditório. Numa das audiências nos concederam cinco minutos para falar. O lobby é poderoso.
Gabriel Brito é jornalista; Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania.
Publicado originalmente: (Correio da Cidadania - 20-Jan-2009)
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sábado, 16 de maio de 2009
Temperaturas Negativas no Sul do Brasil
Inmet registrou -1,7 grau em General Carneiro (PR), neste sábado.Instituto também marcou -0,6 grau em Major Vieira (SC).
Os termômetros atingiram marcas negativas no Sul do país na madrugada deste sábado (16). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registrados -0,6 grau Celsius em Major Vieira (SC), e -0,3 grau nas primeiras horas do dia em Caçador (SC). Em General Carneiro (PR), a temperatura chegou a -1,7 grau. O frio alcançou -0,2 grau em Rio Negrinho (SC).
Em Caxias do Sul (RS), a temparatura chegou a 1 grau. Em Erechim (RS), os termômetros registraram 6 graus e a geada chegou a cobrir parte da cidade.
A ação da massa de ar frio polar deixa o começo do fim de semana gelado também na outra parte do estado. Em Urubici (SC) e São Joaquim (SC), a mínima entre a 0h e às 6h deste sábado foi de 0,4 grau e 1,9 grau, respectivamente.
O frio também foi intenso em Xanxerê (SC), onde os termômetros chegaram a 5 graus e, em São Miguel do Oeste (SC), a 6 graus.
No litoral e Vale do Itajaí, os registros se aproximaram dos 10 graus. Durante a madrugada, a mínima chegou a pelo menos 9,7 graus em Florianópolis.
LULA EM BUSCA DO ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO DO GCC
Comitiva brasileira será recebida pelo rei Abdullah bin Abdulaziz al Saud.Giro internacional do presidente inclui China e Turquia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste sábado (16) a Riad, por volta das 12 horas (horário local) - 6 horas pelo horário de Brasília - para a primeira visita oficial de um chefe de Estado do Brasil à Arábia Saudita. Lula aterrissou ao meio-dia na base aérea da capital e foi direto para o local no qual ficará hospedado até domingo (17), o Palácio de Hóspedes, ex-residência real construída há 90 anos.
O presidente chegou acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, que vestia uma túnica negra, respeitando as tradições muçulmanas do país - e não o xador, o traje feminino típico. Completaram a comitiva os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge; e das Comunicações Sociais, Franklin Martins, além do assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia.
O primeiro encontro oficial de Lula só acontece à noite, quando o presidente brasileiro receberá, no Palácio de Hóspedes, o secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), Abdul Rahman al Attiya. Na pauta do encontro estão as negociações do acordo de livre comércio do GCC - união regional formada pela Arábia Saudita, o Catar, o Kuwait, os Emirados Árabes Unidos, Omã e o Bahrein. O acordo até aqui enfrenta resistências de companhias do setor petroquímico brasileiro, receosas da concorrência com os árabes.
Em seguida, a comitiva brasileira será recebida pelo rei saudita Abdullah bin Abdulaziz al Saud para um jantar oficial.
Acompanhado de uma delegação de 50 empresários, o governo planeja fechar dois acordos comerciais nas indústrias petrolífera e farmacêutica. O primeiro envolve mineração e será firmado entre a Petrobras e a Modern Chemical (Modern Mining Company). O segundo reúne a brasileira Biomm e a saudita Gabas Global for Biotechnology, que formarão uma joint venture no valor de US$ 100 milhões - dos quais US$ 30 milhões do lado brasileiro - para a produção de insulina humana, transferência de tecnologia e o treinamento de pessoal.
Riad é primeira etapa da um giro internacional que incluirá ainda Pequim, na China, e Istambul e Ancara, na Turquia. O retorno da comitiva ao Brasil está previsto para o próximo sábado ( 23).
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COM A ECONOMIA EM ORDEM O BRASIL ATRAI CAPITAL
Estável e com economia em ordem, Brasil atrai capital externo. Economistas alertam, no entanto, que cenário ainda é de volatilidade.
Para os brasileiros, o dólar tem estado barato como há tempos não se via. Esta semana, a moeda norte-americana atingiu o menor valor frente ao real em sete meses, chegando a ser vendido a R$ 2,059. Em dezembro, a cotação chegou a alcançar R$ 2,60.
Mais do que uma boa notícia para quem pretende viajar ao exterior, a queda do dólar é um sinal do bom desempenho – ao menos comparativamente - da economia brasileira, em meio à mais grave crise mundial em décadas.
Com as grandes economias do mundo patinando, o Brasil, durante muito tempo “esnobado” pelo capital estrangeiro, vive uma situação peculiar. Estável e sofrendo efeitos até agora contidos da crise, inclusive com alguns sinais de recuperação, o país se tornou um dos destinos preferenciais desses recursos. E quanto mais dólares no país, mais barato ele se torna, seguindo a velha e imutável lei da oferta e da procura.
“O cenário lá fora está muito ruim. Na economia dos Estados Unidos o cenário é de recessão. Na Europa também, Espanha tem o maior desemprego em 30 anos, a Inglaterra também não esta em situação confortável. E o Brasil é o que se mostra em melhor situação depois da crise”, diz Cláudio Gonçalves, do Conselho Regional de Economia (Corecon).
“Os países estão verificando que emergentes ainda são saída para suas aplicações. Esse dinheiro chegando, precisa ser convertido em reais, então tem uma oferta muito grande de dólares”, explica o professor de economia Luiz Antonio Fernandes de Silva, das Faculdades Integradas Rio Branco.
Dados da Bovespa mostram que esses investimentos voltaram com força: entre 1º de janeiro e 30 de abril, o mercado de ações brasileiro “engordou” R$ 7,074 bilhões em recursos vindos do exterior. Em abril, o volume financeiro negociado atingiu R$ 97,19 bilhões, com alta de 9,2% sobre o resultado de março. Dados que ajudaram a Bovespa a subir cerca de 30% desde o início do ano.
O Brasil também se beneficia – ao menos nesse ponto – da alta taxa básica de juros. Isso porque, para incentivar atividade econômica, a maioria dos países desenvolvidos reduziu suas próprias taxas a patamares próximos a zero, tornando a Selic brasileira, hoje em 10,25%, bastante atrativa.
“Nos outros países, as taxas de juros estão muito baixas. Aqui, mesmo com a queda, continua muito alta, e faz com que tenha muitos capitais entrando aqui”, confirma o professor das Faculdades Rio Branco.
Mas não só dos investimentos externos vive a queda do dólar. Associada a isso, a balança comercial brasileira (diferença entre exportações e importações) acumulou um superávit de US$ 7,2 bilhões no ano até a primeira semana de maio. Dinheiro que também irriga a economia e aumenta a oferta de dólares por aqui.
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sexta-feira, 15 de maio de 2009
ELE É BRASILEIRO: MARCELO DA LUZ
O brasileiro Marcelo da Luz chegou nesta sexta-feira (15) a Key West, na Flórida, pilotando o seu veículo movido a energia solar. O projeto de Da Luz, batizado de XOF1, foi desenvolvido por ele em Toronto, no Canadá, com a ajuda de engenheiros brasileiros e canadenses, e está percorrendo a América do Norte para divulgar o trabalho com energias alternativas. O objetivo dele é estabelecer um recorde mundial de distância. Até agora foram percorridos mais de 26 mil km com o carro solar.
No dia 12 de junho do ano passado, o brasileiro (que, segundo ele, trabalhou como comissário de bordo e tem formação em marketing) deu início a uma viagem pela América do Norte. Primeiro fez uma apresentação na universidade Seneca, que ajudou na concepção do carro solar. Seguiu para o Canadá e chegou até o extremo norte do país.
Logo nos primeiros dias ele foi parado para a polícia canadense. Diziam que ele não poderia andar com um veículo estranho daqueles pelas estradas. Da Luz respondeu que estava protegido pelo Tratado de Genebra de 1949, que dita as normas para as leis internacionais relativas ao Direito Humanitário Internacional (segundo a convenção, "toda e qualquer medida de retorção visando os civis ou seus bens é estritamente proibida"). Após os políciais confirmarem a informação com Washington, o brasileiro e seu veículo foram liberados
A viagem seguiu até o Alasca, onde o XOF1 foi confundido com um disco voador.
Marcelo atravessou novamente o território canadense pela costa oeste e entrou nos Estados Unidos, passando pela Califórnia, Texas e seguindo em direção à Costa Leste. Nesta sexta-feira, chegou a uma ponta da Flórida, de frente para o Oceano Atlântico.
"A única coisa entre você e seus sonhos é você mesmo", escreve Marcelo da Luz no site oficial do XOF1.
Como é o carro
O XOF1 leva apenas uma pessoa e pesa 300 kg (incluindo o peso do motorista). Tem cinco metros de comprimento, 1,8 metro de largura e 90 centímetros de altura. Tem três rodas, duas na dianteira e uma na parte traseira. Placas instaladas na carroceria com fotocélulas captam a energia solar e a transmitem para uma bateria do motor em forma de energia elétrica. O motor capaz de fazer o veículo acelerar a 120 km/h.
Em tempo: o nome XOF1, de acordo com o brasileiro, representa as iniciais da frase 'The power of one' (ou seja, 'o poder de um'). "Este nome reflete a idéia do efeito dominó, onde uma peça pode não mudar o mundo, mas insipirar as outras a ajudar a fazer as coisas acontecerem", escreve Da Luz em seu site.
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UM OLHO NO PEIXE O OUTRO NO GATO
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira que o governo vai encaminhar ao Congresso uma proposta com mudanças na tributação do rendimento da poupança.
Pela proposta, titulares de contas com saldo superior a R$ 50 mil pagarão imposto de renda sobre a rentabilidade a partir do ano que vem. Já os fundos de investimento teriam desconto no imposto.
Segundo o governo, a medida visa afastar os chamados “grandes investidores” de aplicações na poupança e impedir a perda de clientes nos fundos de investimento. Isso porque, caso a tendência de baixa na Selic continue, atraídos pelos juros baixos, os investidores poderiam fazer uma migração em massa para a poupança, causando um "desequilíbrio" no sistema.
Essa é uma grande e ótima mudança para o Brasil. Com essa medida, o governo dificulta a vida dos "espertinhos", que tentam lucrar a todo custo sobre o pequeno poupador.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Yeda Crusius e o Caixa 2 do PSDB
MP quer ampliar investigações sobre denúncias de caixa 2 contra Yeda Crusius
Primeiro Feirão de Casa Própria: 100 mil imóveis
UM NOVO TEMPO COMEÇOU: "MINHA CASA, MINHA VIDA"
Um feirão que começou hoje no Rio e vai passar por nove cidades oferece mais de 100 mil imóveis.
Jovens casais como Rosana e Vanderson. Nilson e Aparecida têm o mesmo desejo. Eles são atraídos pela chance de comprar o primeiro imóvel, a casa própria, que agora pode estar mais perto. “Eu queria uma casa porque apartamento eu não gosto muito não, mas vamos ver aí. Vamos dar uma olhada por aí”, diz Aparecida Medeiros, comerciária.
Este é o primeiro feirão de casa própria do Brasil depois do lançamento do novo programa habitacional do governo federal. E é quase uma cidade inteira que está à venda aqui: 66 mil unidades. Vai ser também uma espécie de teste de aceitação das novas condições de venda e financiamento feitas para financiar, principalmente para quem ganha mais de dez salários mínimos, R$ 4650.
O programa dá subsídio de até R$ 23 mil na compra do imóvel. E isso diminui a prestação e a necessidade de comprovação de renda.
“As condições de acesso a crédito imobiliário dessas famílias que tinham alguma capacidade de pagamento, mas não o suficiente para ter crédito imobiliário mudou, e essa família agora tem sem dúvida alguma possibilidade de ter acesso ao crédito”, diz Jorge Hereda, vice-presidente da Caixa.
Em um conjunto habitacional, por exemplo, no bairro de Campo Grande, no Rio, os apartamentos custam cerca de R$ 70 mil. Antes do programa, a prestação sai por R$ 550 e era preciso comprovar a renda de cinco salários mínimos. Agora, a prestação cai para R$ 350 e a renda familiar exigida para três salários mínimos.
A maior aspiração de milhões de brasileiros foi finalmente realizada hoje pela auxiliar de enfermagem, Lucicleide de Araújo. Ela recebeu o primeiro imóvel que comprou na vida. “Era um sonho. Sonho que virou realidade. Uma casinha de boneca”, diz ela.
Um feirão que começou hoje no Rio e vai passar por nove cidades oferece mais de 100 mil imóveis.
Jovens casais como Rosana e Vanderson. Nilson e Aparecida têm o mesmo desejo. Eles são atraídos pela chance de comprar o primeiro imóvel, a casa própria, que agora pode estar mais perto. “Eu queria uma casa porque apartamento eu não gosto muito não, mas vamos ver aí. Vamos dar uma olhada por aí”, diz Aparecida Medeiros, comerciária.
Este é o primeiro feirão de casa própria do Brasil depois do lançamento do novo programa habitacional do governo federal. E é quase uma cidade inteira que está à venda aqui: 66 mil unidades. Vai ser também uma espécie de teste de aceitação das novas condições de venda e financiamento feitas para financiar, principalmente para quem ganha mais de dez salários mínimos, R$ 4650.
O programa dá subsídio de até R$ 23 mil na compra do imóvel. E isso diminui a prestação e a necessidade de comprovação de renda.
“As condições de acesso a crédito imobiliário dessas famílias que tinham alguma capacidade de pagamento, mas não o suficiente para ter crédito imobiliário mudou, e essa família agora tem sem dúvida alguma possibilidade de ter acesso ao crédito”, diz Jorge Hereda, vice-presidente da Caixa.
Em um conjunto habitacional, por exemplo, no bairro de Campo Grande, no Rio, os apartamentos custam cerca de R$ 70 mil. Antes do programa, a prestação sai por R$ 550 e era preciso comprovar a renda de cinco salários mínimos. Agora, a prestação cai para R$ 350 e a renda familiar exigida para três salários mínimos.
A maior aspiração de milhões de brasileiros foi finalmente realizada hoje pela auxiliar de enfermagem, Lucicleide de Araújo. Ela recebeu o primeiro imóvel que comprou na vida. “Era um sonho. Sonho que virou realidade. Uma casinha de boneca”, diz ela.
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Agora, ele vai "se lixar" em outro lugar
O NOME DELE É: SÉRGIO MORAES
Apesar dos apelos por uma solução negociada, "sem vencedores e vencidos", e da tropa de choque de petebistas escalada para defender o companheiro de partido, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), destituiu ontem o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) da relatoria do processo contra o ex-corregedor da Câmara Edmar Moreira (sem partido-MG). Moraes, que disse se "lixar" para a opinião pública e não vê motivos para condenar Moreira, será substituído por Nazareno Fonteles (PT-PI). A substituição foi anunciada ao fim de quase três horas de uma tensa reunião .
O deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), novo relator no Conselho de Ética do caso Edmar Moreira (o homem do castelo), aprendeu com seu antecessor Sérgio Moraes .O petista diz que se importa com a opinião pública e promete trabalhar em silêncio, sem antecipar o que pensa do processo. Fonteles se esquivou de armadilhas e se poupou. “Não vou falar a minha posição porque é exatamente por isso que fui chamado. Vou ouvir quem for importante para esclarecer e vou apresentar o que penso por escrito e tornar público depois”, disse o novo relator.
Políticos muitas vezes são acusados de enganar as pessoas, de não dizer a verdade. Quanta injustiça!. Pelo menos um deputado federal, nos últimos dias, falou a verdade, a pura verdade, nada mais que a verdade. Trata-se de Sérgio Moraes, do PTB do Rio Grande do Sul. Num momento mais descontrolado, ele declarou aos jornalistas que "está se lixando para a opinião pública". Disse sim, depois, ainda confirmou e pediu desculpas.
Disse que sempre tem voto e que, na sua cidade, as decisões sobre quem vai ser vereador, prefeito ou coisa que o valha são feitas na mesa da sala de jantar. De modo que, quando aparecem acusações, escândalos, farras de passagens e casos de castelos milionários nos jornais e na TV, isso pode muito bem ser coisa "da opinião pública", mas não tira o seu sono.
Ele está se lixando. Sérgio Morais é o presidente do Conselho de Ética e foi encarregado de examinar o caso do seu colega Edmar Moreira, dono do famoso castelo no interior de Minas. Moreira é acusado de usar as verbas indenizatórias para pagar serviços de empresas dele mesmo.
A opinião pública acha estranho, mas Sérgio Morais está se lixando. Não é o único, no meio de tanto deputado federal e senador envolvido em coisas como a farra das passagens aéreas.
Falou a verdade. Morais se lixa, e a moral vai para o lixo.
terça-feira, 12 de maio de 2009
MINISTRO DA SAÚDE AFIRMA QUE O BRASIL ESTÁ PREPARADO
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta terça-feira (12) que o Brasil está preparado para enfrentar qualquer hipótese da nova gripe provocada pelo vírus Influenza A (H1N1). “O Brasil está preparado para qualquer hipótese. Mas o momento é de tranquilidade, apesar de requerer cuidado”, disse durante entrevista coletiva no Senado, se referindo à possibilidade de o nível de alerta para a propagação do vírus subir do grau 5 para o 6, que é considerado o de pandemia.
Segundo Temporão, ao contrário de algumas semanas atrás, o que se percebe hoje é que a maioria das pessoas que entra em contato com o vírus apresenta um quadro clínico leve a moderado. “São poucas as pessoas que eveluem para uma complicação, como uma pneumonia ou um quadro mais grave”, destacou.
Temporão, porém, alertou que não tem condições de afirmar se daqui a dois ou três meses este padrão vai se manter. “Por isso, prudência, alerta e cuidado neste momento é fundamental e é a postura do governo”, afirmou o ministro.
Ele também disse que os R$ 141 milhões que o governo anunciou para o combate e prevenção da doença no país por enquanto são suficientes. Caso necessário, ele avisou que solicitará recursos emergenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Do ponto de vista prático, o trabalho nos portos, aeroportos, fronteiras secas e de divulgação, a estratégia continua a mesma”, avisou o ministro. Ele voltou a lembrar também que não há rebanho contaminado no Brasil e nem risco de contaminação de pessoas pelo consumo de carne suína.
Na próxima segunda-feira (18), Temporão estará em Genebra, na Suíça, para participar da Assembleia Mundial da Saúde, ocasião em que representantes de diversos países discutirão a nova gripe.
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CPI Pedi Indiciamento do Banqueiro Daniel Dantas
A CPI dos Grampos rejeitou nesta terça-feira (12) fazer alterações no relatório final e concluiu o seu trabalho. Prevaleceu como texto final da comissão o relatório assinado por Iriny Lopes (PT-ES), que substituiu Nelson Pellegrino (PT-BA) na função. A CPI teve início em dezembro de 2007.
No relatório final foi pedido o indiciamento do banqueiro Daniel Dantas por interceptação telefônica. Foram poupados pela relatora o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz e o ex-diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, que foram acusados por supostas irregularidades na Operação Satiagraha. Além de Dantas, outras quatro pessoas tiveram indiciamento pedido.
No relatório final foi pedido o indiciamento do banqueiro Daniel Dantas por interceptação telefônica. Foram poupados pela relatora o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz e o ex-diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, que foram acusados por supostas irregularidades na Operação Satiagraha. Além de Dantas, outras quatro pessoas tiveram indiciamento pedido.
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Novidade na Rede
Google anuncia mudanças para melhorar resultados de buscas
Internautas poderão, por exemplo, limitar período de tempo.
Ferramenta em desenvolvimento sincroniza buscas no PC e celular.
O Google anunciou nesta terça-feira (12) que vai oferecer novas alternativas para melhorar os resultados das buscas virtuais. Entre as novas opções, os internautas poderão limitar os resultados a um determinado período de tempo ou categoria, como análise de produtos. Algumas dessas mudanças são aguardadas para o mês de maio.
Outra novidade, chamada de “Google Squared”, é uma ferramenta que apresentará os sites relacionados às buscas em formato de planilha – prevista para o mês que vem, essa opção tem como objetivo facilitar a visualização dos resultados.
Haverá também uma ferramenta, ainda em desenvolvimento, para integrar a procura feita por um mesmo usuário em seu computador pessoal e celular. Com isso, os sites sugeridos pelo buscador no PC poderão ser automaticamente exibidos no celular, quando um telefone portátil habilitado se logar na mesma conta.
Fonte: Diário do Brasil Extra Blog
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Yeda e a Casinha
A casinha da Yeda: Comprada com dinheiro de corrupção
E agora Yeda?
O PSOL apresentou nesta segunda-feira novos documentos que, reforçam a denúncia sobre o caixa dois na campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2006.
A deputada Luciana Genro (PSOL-RS), disse; "O marido da governadora era um arrecadador informal. Ele recebia esse dinheiro das doações e não passava para a campanha. Ele Crusius tenta desqualificar e desmente a existência de caixa dois. Mas os documentos reforçam a existência de caixa três, ou seja, a apropriação de parte dos recursos do caixa dois", disse a deputada à Folha Online, por telefone.
Luciana disse ainda que foi com o dinheiro do "caixa três" que Yeda e seu marido compraram, em dezembro de 2006, uma casa avaliada em R$ 750 mil.
O partido apresentou cópias de dois e-mails enviados por dois executivos do Rio Grande do Sul solicitando adesão à campanha de Yeda. Um deles indica que o recebedor da "encomenda" seria o "marido" --mas não diz de quem.
O outro e-mail relaciona seis empresas que colaboraram com a campanha de Yeda. Segundo o PSOL, pelo menos duas empresas não constam na lista de doadores oficiais encaminha à Justiça Eleitoral.
O PSOL também vai pedir à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para pedir continuidade no processo de impeachment de Yeda feito no ano passado pelo partido. O pedido está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O partido vai reivindicar, no mínimo, o afastamento provisório da governadora para não atrapalhar as investigações.
E vocês lembram dessa notícia aqui?:
Yeda cogita ser primeira mulher presidente
"Não descarto de jeito nenhum" disse ela. Será qe ainda está nos planos da governadora disputar a Presidência da República?
E agora Yeda?
O PSOL apresentou nesta segunda-feira novos documentos que, reforçam a denúncia sobre o caixa dois na campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2006.
A deputada Luciana Genro (PSOL-RS), disse; "O marido da governadora era um arrecadador informal. Ele recebia esse dinheiro das doações e não passava para a campanha. Ele Crusius tenta desqualificar e desmente a existência de caixa dois. Mas os documentos reforçam a existência de caixa três, ou seja, a apropriação de parte dos recursos do caixa dois", disse a deputada à Folha Online, por telefone.
Luciana disse ainda que foi com o dinheiro do "caixa três" que Yeda e seu marido compraram, em dezembro de 2006, uma casa avaliada em R$ 750 mil.
O partido apresentou cópias de dois e-mails enviados por dois executivos do Rio Grande do Sul solicitando adesão à campanha de Yeda. Um deles indica que o recebedor da "encomenda" seria o "marido" --mas não diz de quem.
O outro e-mail relaciona seis empresas que colaboraram com a campanha de Yeda. Segundo o PSOL, pelo menos duas empresas não constam na lista de doadores oficiais encaminha à Justiça Eleitoral.
O PSOL também vai pedir à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para pedir continuidade no processo de impeachment de Yeda feito no ano passado pelo partido. O pedido está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O partido vai reivindicar, no mínimo, o afastamento provisório da governadora para não atrapalhar as investigações.
E vocês lembram dessa notícia aqui?:
Yeda cogita ser primeira mulher presidente
"Não descarto de jeito nenhum" disse ela. Será qe ainda está nos planos da governadora disputar a Presidência da República?
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sábado, 9 de maio de 2009
Venda de material de construção cresce 25% após redução de IPI
A venda de materiais de construção incluídos no pacote de desoneração do governo cresceu 25% em abril deste ano, primeiro mês de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), segundo dados da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).
A entidade afirmou que a venda geral de materiais cresceu 4,5% em abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. A expansão, no entanto, poderia ser maior se não fossem os feriados do mês.
O aumento nas vendas ocorre após o setor acumular queda de 12% nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2008. Em março, o varejo de material de construção apresentou leve recuperação, com crescimento de 1,5% sobre março de 2008.
"Sem dúvida, este número [de março] só não foi maior porque os consumidores estavam na expectativa do eventual anúncio sobre redução dos impostos (IPI), que vinha sendo noticiado constantemente e que acabou acontecendo no dia 30 de março", afirmou Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
"Este represamento fez crescer nossas vendas dos produtos incluídos no pacote de desoneração em 25% durante o mês de abril, forçado pelos consumidores que estavam adiando suas compras, mas também influenciando aqueles que pretendem reformar, já que a medida, inicialmente, vale para abril, maio e junho", disse.
Segundo o presidente da Anamaco, o mês de abril foi muito prejudicado pelos feriados. "Como maio não terá a influência destes feriados, é de se esperar um crescimento perto de 8% comparativo com o mesmo período de 2008. Quando analisamos dias úteis, no mês de abril estávamos crescendo a esta média", afirmou.
Os dados da Anamaco demonstram que os primeiros quatro meses do ano ainda não conseguiram recuperar as perdas do primeiro bimestre de 2009. "No acumulado do ano, estamos com um resultado próximo de zero, o que podemos considerar muito bom, pois viemos de um crescimento em 2008 de 9,5%", disse Conz. "Acreditamos que manteremos de maio a novembro uma média de crescimento de 8%, sempre comparando com o mesmo período de 2008, projetando um crescimento total para 2009 sobre 2008 de 5,5%", explica.
Conz ainda ressaltou que diversas matérias-primas tiveram forte queda em seus preços, como o fio de cobre usado em iluminação e energia, que neste ano teve queda de 35%. "Somado a isso, tivemos as desonerações muito importantes no cimento, tintas, louças, metais e cerâmicas, que tem peso expressivo no faturamento do comércio. Crescer 5,5% após um crescimento de 9,5% em 2008, com estas considerações, pode ser considerado um ano de muito sucesso."
Fonte: Folha Online
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Como Lula Driblou o Destino
Como vivem os irmãos de Lula
A História de seis brasileiros que sofrem com o ônibus lotado, o desemprego e a violência, como a maioria da população, embora sejam da família do presidente da república.
"Lula não foi eleito para resolver os problemas da família Silva" diz Jaime Inácio da Silva, 72 anos, marceneiro aposentado
Ao contrário do que boa parte da população possa imaginar, ter um irmão no Palácio do Planalto, para eles, causa muito mais dissabor do que alegria. O melhor exemplo é o que aconteceu com Vavá. Em 2005, ele foi acusado pela Polícia Federal de montar um escritório de lobby para empresários atuarem em prefeituras petistas e na Esplanada dos Ministérios. Na época, a PF invadiu sua casa, juntou documentos e não encontrou nada que provasse a denúncia. "Até gostei, verificaram minha vida e viram que não tenho nada de sujeira", diz. "As pessoas não aceitam que os irmãos de Lula não tenham nada." Leia
Na infância, ele escapou da mordida de uma jumenta e de ser deixado na estrada na viagem a São Paulo. Na juventude, pegava o paletó emprestado de um amigo para ir aos bailes.
E ficou três anos deprimido com a morte da primeira mulher Luiz Inácio não chegaria onde está se aos quatro anos não tivesse escapado da mordida de uma jumenta que, para proteger a cria, o pegou pelas costas e o sacudiu no ar. Foi salvo pelos gritos da irmã Maria que alertaram um vizinho, que esfaqueou o animal.
Até os cinco anos, Lula nunca tinha ouvido rádio, visto uma bicicleta ou calçado um par de chinelos. Na única imagem desta fase, os sapatos foram emprestados pelo fotógrafo. Leia a história que virou filme aqui na IstoÉ.
"Tenho a sensação de viver pior que na época da ditadura. Você não pode sequer comprar um carro melhorzinho, reformar a casa ou viajar, que logo as pessoas vão falar: 'Tá vendo, ele é irmão do Lula'", " "Se a filha do Fernando Henrique Cardoso, que recebia salário de mais de R$ 7 mil do Senado sem aparecer no trabalho, fosse de nossa família, a desgraça estava feita", diz Frei Chico, metalúrgico aposentado e responsável pela entrada de Lula no sindicalismo.
A História de seis brasileiros que sofrem com o ônibus lotado, o desemprego e a violência, como a maioria da população, embora sejam da família do presidente da república.
"Lula não foi eleito para resolver os problemas da família Silva" diz Jaime Inácio da Silva, 72 anos, marceneiro aposentado
Ao contrário do que boa parte da população possa imaginar, ter um irmão no Palácio do Planalto, para eles, causa muito mais dissabor do que alegria. O melhor exemplo é o que aconteceu com Vavá. Em 2005, ele foi acusado pela Polícia Federal de montar um escritório de lobby para empresários atuarem em prefeituras petistas e na Esplanada dos Ministérios. Na época, a PF invadiu sua casa, juntou documentos e não encontrou nada que provasse a denúncia. "Até gostei, verificaram minha vida e viram que não tenho nada de sujeira", diz. "As pessoas não aceitam que os irmãos de Lula não tenham nada." Leia
Na infância, ele escapou da mordida de uma jumenta e de ser deixado na estrada na viagem a São Paulo. Na juventude, pegava o paletó emprestado de um amigo para ir aos bailes.
E ficou três anos deprimido com a morte da primeira mulher Luiz Inácio não chegaria onde está se aos quatro anos não tivesse escapado da mordida de uma jumenta que, para proteger a cria, o pegou pelas costas e o sacudiu no ar. Foi salvo pelos gritos da irmã Maria que alertaram um vizinho, que esfaqueou o animal.
Até os cinco anos, Lula nunca tinha ouvido rádio, visto uma bicicleta ou calçado um par de chinelos. Na única imagem desta fase, os sapatos foram emprestados pelo fotógrafo. Leia a história que virou filme aqui na IstoÉ.
"Tenho a sensação de viver pior que na época da ditadura. Você não pode sequer comprar um carro melhorzinho, reformar a casa ou viajar, que logo as pessoas vão falar: 'Tá vendo, ele é irmão do Lula'", " "Se a filha do Fernando Henrique Cardoso, que recebia salário de mais de R$ 7 mil do Senado sem aparecer no trabalho, fosse de nossa família, a desgraça estava feita", diz Frei Chico, metalúrgico aposentado e responsável pela entrada de Lula no sindicalismo.
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quinta-feira, 7 de maio de 2009
O CASTELO CAÍU - EDMAR MOREIRA (PFL,DEM)
BRASÍLIA - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quinta-feira, por unanimidade, abrir ação penal contra o deputado federal Edmar Moreira (PFL, DEM-MG) pela suposta autoria de crimes contra a ordem tributária e de apropriação indébita de contribuições previdenciárias dos funcionários de uma de suas empresas.
Os crimes teriam sido cometidos na gestão da F. Moreira Empresa de Segurança e Vigilância Ltda., quando o deputado deixou de repassar ao INSS as contribuições descontadas dos salários de seus empregados.
Edmar Moreira responde por quebra de decoro
A defesa alegava que os débitos previdenciários da empresa de Moreira foram regularmente parcelados, em 2000, por meio da adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis). A adesão acabaria com a possibilidade do parlamentar ser punido pelo não pagamento das contribuições. Mas os ministros entenderam que os indícios apontados na denúncia do Ministério Público Federal em Minas Gerais justificam o acolhimento pela Corte e o consequente desenrolar da ação penal.
Moreira ganhou notoriedade nacional no início deste ano, quando veio a público que ele era proprietário de um castelo no interior de Minas Gerais. O deputado omitia o castelo, avaliado entre R$ 20 e R$ 25 milhões, de sua declaração de Imposto de Renda. Moreira também responde a um processo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é suspeito de promover uso indevido da verba indenizatória, no valor de R# 15 mil, a que cada deputado tem direito mensalmente.
Bornhausen mesmo após perder mandato de Senador Mama nas Tetas da População
Bornhausen voa com cota mesmo não sendo mais Senador
Ex-senador Jorge Bornhausen cedeu cota parlamentar para a mulher, Dulce, à esquerda, e para o genro, Renato Sá, à direita.
O mandato do ex-senador demo-pefelista Jorge Bornhausen terminou em 2006, mas ele continuou voando às custas do Senado em 2007 e 2008.
Sem qualquer mandato, sem qualquer cargo no congresso, o ex-senador teve 13 voos bancados pelo senado entre novembro de 2007 e outubro de 2008.
O dinheiro não serviu apenas para desfrute do ex-senador. A mulher, o genro e um funcionário do casal, também voaram às custas do contibuinte.
Segundo o "Congresso em foco", Bornhausen voou 7 vezes com a verba do Senado após concluir o mandato, nos trechos entre Florianópolis e São Paulo, Florianópolis e Brasília, e Florianópolis e Chapecó (SC).
Dulce Bornhausen, mulher do ex-senador, voou 3 vezes, nos trechos Brasília a Florianópolis, e de São Paulo a Recife. Os últimos bilhetes saíram da cota do Senado no dia 7 de maio de 2008.
O ex-jogador de futebol Renato Sá, genro do ex-senador, também usou a cota de Bornhausen. Casado com Fernanda Bornhausen, o ex-ponta-esquerda, campeão brasileiro pelo Grêmio em 1981, viajou de Florianópolis para Chapecó, oeste de Santa Catarina, com bilhete expedido em 19 de setembro de 2008. Na mesma data uma passagem foi emitida com a mesma origem e mesmo destino para o ex-senador.
O terceiro passageiro que voou às custas do contribuinte foi Wagner Brasil, funcionário do casal Dulce e Jorge Bornhausen. Dois bilhetes foram emitidos em nome de Wagner, ambos no dia 10 de outubro de 2008, ns trechos entre Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
Procurado pela reportagem, o ex-senador Jorge Bornhausen confirmou e alegou ter “direito adquirido” para usar o crédito acumulado nas companhias aéreas como bem entender.
Paulo Bornhausen (DEM-SC), filho do ex-senador, também jogou na conta da Câmara dos Deputados bilhetes aéreos para seus dois filhos, Bruno e Rodrigo, de NovaYork para São Paulo.
Ex-senador Jorge Bornhausen cedeu cota parlamentar para a mulher, Dulce, à esquerda, e para o genro, Renato Sá, à direita.
O mandato do ex-senador demo-pefelista Jorge Bornhausen terminou em 2006, mas ele continuou voando às custas do Senado em 2007 e 2008.
Sem qualquer mandato, sem qualquer cargo no congresso, o ex-senador teve 13 voos bancados pelo senado entre novembro de 2007 e outubro de 2008.
O dinheiro não serviu apenas para desfrute do ex-senador. A mulher, o genro e um funcionário do casal, também voaram às custas do contibuinte.
Segundo o "Congresso em foco", Bornhausen voou 7 vezes com a verba do Senado após concluir o mandato, nos trechos entre Florianópolis e São Paulo, Florianópolis e Brasília, e Florianópolis e Chapecó (SC).
Dulce Bornhausen, mulher do ex-senador, voou 3 vezes, nos trechos Brasília a Florianópolis, e de São Paulo a Recife. Os últimos bilhetes saíram da cota do Senado no dia 7 de maio de 2008.
O ex-jogador de futebol Renato Sá, genro do ex-senador, também usou a cota de Bornhausen. Casado com Fernanda Bornhausen, o ex-ponta-esquerda, campeão brasileiro pelo Grêmio em 1981, viajou de Florianópolis para Chapecó, oeste de Santa Catarina, com bilhete expedido em 19 de setembro de 2008. Na mesma data uma passagem foi emitida com a mesma origem e mesmo destino para o ex-senador.
O terceiro passageiro que voou às custas do contribuinte foi Wagner Brasil, funcionário do casal Dulce e Jorge Bornhausen. Dois bilhetes foram emitidos em nome de Wagner, ambos no dia 10 de outubro de 2008, ns trechos entre Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
Procurado pela reportagem, o ex-senador Jorge Bornhausen confirmou e alegou ter “direito adquirido” para usar o crédito acumulado nas companhias aéreas como bem entender.
Paulo Bornhausen (DEM-SC), filho do ex-senador, também jogou na conta da Câmara dos Deputados bilhetes aéreos para seus dois filhos, Bruno e Rodrigo, de NovaYork para São Paulo.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Eduardo Galeano: a linguagem, as coisas e seus nomes
Eduardo Galeano
Na era vitoriana era proibido fazer menção às calças na presença de uma senhorita. Hoje em dia, não fica bem dizer certas coisas perante a opinião pública:
O capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado;
O imperialismo se chama globalização;
As vítimas do imperialismo se chamam países em via de desenvolvimento, que é como chamar de meninos aos anões;
O oportunismo se chama pragmatismo;
A traição se chama realismo;
Os pobres se chamam carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos;
A expulsão dos meninos pobres do sistema educativo é conhecida pelo nome de deserção escolar;
O direito do patrão de despedir sem indenização nem explicação se chama flexibilização laboral;
A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria;
em lugar de ditadura militar, se diz processo.
As torturas são chamadas de constrangimentos ilegais ou também pressões físicas e psicológicas;
Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões, são cleoptomaníacos;
O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de
enriquecimento ilícito;
Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos motoristas de automóveis;
Em vez de cego, se diz deficiente visual;
Um negro é um homem de cor;
Onde se diz longa e penosa enfermidade, deve-se ler câncer ou AIDS;
Mal súbito significa infarto;
Nunca se diz morte, mas desaparecimento físico;
Tampouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares: os mortos em batalha são baixas e os civis, que nada têm a ver com o peixe e sempre pagam o pato, danos colaterais;
Em 1995, quando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o embaixador francês na Nova Zelândia declarou: “Não gosto da palavra bomba. Não são bombas. São artefatos que explodem”;
Chama-se Conviver alguns dos bandos assassinos da Colômbia, que agem sob proteção militar;
Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade o maior presídio da ditadura uruguaia;
Chama-se Paz e Justiça o grupo militar que, em 1997, matou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, que rezavam numa igreja do povoado de Acteal, em Chiapas.
(Do livro De pernas pro ar, editora L&PM)
Fonte: Agência Carta Maior
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A RBS no banco dos réus
Por Elaine Tavares – jornalista
O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina realizou no dia 28 de abril de 2009 uma discussão histórica, colocando no banco dos réus o oligopólio da Rede Brasil Sul, a RBS. Mas, esta proposta de transformar a maior rede de comunicação do sul do país em ré comum não foi privilégio da direção do sindicato, portanto a ela não se pode reputar nenhuma intenção ideológica. O responsável por esta façanha é o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em Santa Catarina, Celso Antônio Três, que apresentou uma ação civil pública ao Ministério Público Federal contra a empresa dos Sirotski, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica e a União.
Baseado exclusivamente na letra fria da lei, o procurador apela para a tutela dos direitos de informação e expressão do cidadão, a pluralidade, que é premissa básica do Estado democrático e de Direito. Com base nisso ele denuncia e exige providências contra o oligopólio da mídia sustentado pela RBS no Estado de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Segundo Três, é comprovada documentalmente a posse de 18 emissoras de televisão aberta, duas emissoras por cabo, oito jornais diários, 26 emissoras de rádio, dois portais na internet, uma editora e uma gravadora.
Ele lembra ainda que o faturamento do grupo em 2006 chegou a 825 milhões de reais, com um lucro líquido de 93 milhões, tudo isso baseado no domínio da mente das populações do sul que atualmente não tem possibilidade de receber uma informação plural. Praticamente tudo o que se vê, ouve ou lê nos dois estados do sul vem da RBS.
No debate realizado pelo SJSC o procurador insistiu que filosoficamente ser é ser percebido e isso é o que faz a mídia, torna visível aqueles que ela considera “ser”.
Os pobres, os excluídos do sistema, os lutadores sociais, toda essa gente fica de fora porque não pode ser mostrada como ser construtor de mundos. Celso Três afirma que na atualidade o estado é puro espetáculo enquanto o cidadão assume o posto de espectador. Nesse contexto a mídia passa a ser o receptor deste espetáculo diário, ainda que não tenha a menor consistência. “Nós vivemos uma histeria diária provocada pela mídia e o país atua sob a batuta desta histeria”.
No caso de Santa Catarina o mais grave é que esta histeria é provocada por um único grupo, que detém o controle das emissoras de TV e dos jornais de circulação estadual. Não há concorrência para a RBS e quando ela aparece é sumariamente derrotada através de ações ilegais como o “dumping”, como o que aconteceu na capital, Florianópolis, quando da abertura do jornal Notícias do Dia, um periódico de formato popular com um preço de 0,50 centavos.
Imediatamente a RBS reagiu colocando nas bancas um jornal igual, ao preço de 0,25 centavos. Não bastasse isso a RBS mantêm cativas empresas de toda a ordem exigindo delas exclusividade nos anúncios, incorrendo assim em crime contra a ordem econômica.
Sobre isso a lei é muito clara. Desde 1967 que é terminantemente proibido um empresa ter mais que duas emissoras de TV por estado. A RBS tem mais de uma dezena. A Constituição de 1988 determina que a comunicação não pode ser objeto de oligopólio. Pois em Santa Catarina é. Segundo Três, na formação acionária das empresas existem “mais de 300 Sirotski” , portanto não há como negar que esta família controle as empresas como quis fazer crer o Ministério das Comunicações, também réu na ação. “Eles alegaram que a RBS não existe, é um nome de fantasia para empresas de vários donos. Ora, isso é mentira. Os donos são os mesmos: os Sirotski”.
O procurador alega que a lei no Brasil, no que diz respeito a porcentagem de produção local que deve ter um empresa, nunca foi regulamentada, mas não é por conta da inoperância do legislativo que a Justiça não pode agir. “Nós acabamos utilizando a lei que trata do mercado de chocolate, cerveja, etc. Nesta lei, uma empresa não pode controlar mais que 20% do mercado. Ora, em Santa Catarina, a RBS controla quase 100% da informação”.
Aprofundando o debate sobre a ação oligopólica da RBS, Danilo Carneiro, estudioso do sistema capitalista e membro do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, deu uma aula sobre a formação do sistema capitalista e mostrou como atualmente o capitalismo já não consegue mais reproduzir a vida, tamanha a sua dominação sobre a vida das pessoas e sua sanha por lucros. Desde as cidades-estado italianas, onde o comércio impulsiona a acumulação de lucros, até os dias de hoje a consolidação do capitalismo está ligada à exploração dos trabalhadores e da natureza.
Para que isso aconteça é necessário manter as gentes em estado permanente de alienação e aí entram os Meios de Comunicação de Massa. Não é à toa, portanto, que instituições governamentais como o CADE e o Ministério das Comunicações façam vistas grossas ao oligopólio da RBS assim como da Globo. Tudo faz parte da manutenção do sistema.
Sobre a ação na Justiça contra a RBS, Danilo lembrou que hoje no Brasil existem mais de 60 milhões de ações em andamento e isso por si só já dá um panorama do que pode acontecer. Sem uma mobilização política efetiva das entidades e do povo catarinense, essa ação pode se perder no sumidouro da Justiça brasileira.
Na platéia do debate um público muito representativo do movimento social de Florianópolis, tais como representantes do Diretório Central dos Estudantes da UFSC, da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (UFECO), Sindicato dos Previdenciários (SINDPREVS), Sindicato dos Eletricitários (SINERGIA), jornalistas, estudantes, professores.
Cada um deles compreendeu que à corajosa atitude do procurador Celso Três, devem se somar ações políticas e de acompanhamento da ação. O Sindicato dos Jornalistas deve se colocar como assistente do Ministério Público, abastecendo-o com informações e as demais entidades vão difundir as notícias e fazer a pressão necessária para o andamento da ação.
Conforme bem lembra Celso Três, esta não é uma ação voluntarista ou ideológica, ela é objetiva e se fundamente na lei maior. Oligopólios são proibidos e as populações de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul tem direitos a uma informação plural e diversificada. Não há amparo legal para a propriedade cruzada, o pensamento único e muito menos para a dominação econômica.
Na senda da fala de Danilo Carneiro, que deixou claro que sob a ditadura do capital é impossível a democratização da comunicação, também assomou entre os presentes a necessidade da discussão e da luta por outra comunicação e outro estado que não esse no qual imperam as relações de dominação. Agora é ficar atento e aprofundar a luta. Sem isso, não anda a ação, e tampouco acontecem mudanças estruturais.
Fonte: NoveE
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