Mercado de brinquedos no Brasil cresce 15,6% e vai na contramão da Europa. Resultado é puxado por aumento da venda de itens licenciados como super-heróis, diz GfK
O mercado brasileiro de brinquedos cresce na contramão dos principais países da Europa, segundo dados da consultoria GFK divulgados nesta quinta-feira (7). Em 2012, o setor registrou aumento de 15,6% no faturamento em relação a 2011, enquanto países como França, Inglaterra e, nos casos mais graves Portugal e Espanha, tiveram retração. O resultado foi puxado principalmente pela maior participação de brinquedos licenciados (super-heróis, personagens de filmes, desenhos ou jogos).
A GfK destaca que mercado brasileiro é ajudado pelo tamanho da população infantil, que soma 46 milhões de indivíduos entre 0 e 14 anos. Como base de comparação, o número do último Censo é maior que a soma das crianças de França, Alemanha e Inglaterra.
Apesar disso, os gastos por criança ainda são modestos quando comparados com países europeus. Enquanto nas maiores economias da zona do euro o gasto fica na casa de R$ 600, o Brasil gasta cerca de um sexto disso. “A gente tem uma discrepância regional muito grande, porque metade da população infantil vive no Norte ou no Nordeste, mas as regiões somam apenas 23,3% do faturamento”, explica Oliver Römerscheidt, gerente de negócios da GFK. “A Grande Rio e a Grande São Paulo têm 12% da população, mas são donas de mais de um terço do faturamento nacional”, acrescenta.
Dentre os tipos de brinquedo, as bonecas lideram com 21,7%. Em segundo lugar, com 15,4%, estão artigos de esporte e de lazer, como piscinas, bolas, triciclos e quadriciclos. Na terceira posição, estão itens infantis e da fase da pré-escola, responsáveis por 14,2%. Carrinhos aparecem somente na quarta posição, com 13,2%. Em 2012, a GfK coloca jogos de cartas, brinquedos construção e bonecos de ação como os que mais cresceram.
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