quarta-feira, 11 de novembro de 2009

APAGÃO E A SUPER VALORIZAÇÃO DA MÍDIA

Hoje, 11 de novembro de 2009, temos a mídia partídaria (Rede Globo e seus seguidores), promovendo uma super valorização na informação no que houve com as linhas de energia vindas da Usina de Itaipu. Já sabemos que foram oito estados afetados e não dez ou mais, como circula em alguns meios de comunicação. Também é fato que Santa Catarina não foi afetada, assim como o Rio Grande do Sul, que no geral teve duas cidades. Sabe-se que o ocorrido "apagãozinho", se deu por causa da interrupção do fornecimento de energia elétrica, devido a fatores climáticos e meteorológicos, fato totalmente diferente ocorrido em 2001/2002. A grande mídia super valoriza esse assunto, coisa que ela não fez na época do FHC, para ganhar Ibope e para arranhar a imagem do Governo Lula.





O ano de 2001 marcou a falência definitiva do governo de Fernando Henrique Cardoso. O fato que mais simbolizou esta falência foi a crise energética que abalou o país a partir do mês de maio. O Brasil, tido até então com um dos maiores potenciais de geração de energia hidrelétrica do mundo, foi obrigado a conviver com o racionamento de energia. O pior é que isto estava previsto e foi alertado por diversos cientistas, como os físicos Luis Pinguelli Rosa, Rogério Cerqueira Leite, entre outros. O motivo da crise foi a ausência de investimentos na área.



Naquela ano o governo simplesmente abandonou qualquer investimento na construção de novas usinas ou de ampliação da capacidade de geração de energia nas existentes. Pior, entregou parte do setor para a iniciativa privada que não demonstra nenhum interesse em fazer um investimento tão alto cujo retorno só se dará a longo prazo. Resultado: falta energia e aumenta o valor dela no Brasil.



A ausência de investimentos no setor de energia foi apenas uma demonstração evidente do que é a política econômica do governo PSDB. De um lado, aumentar abusivamente os impostos. Desde o início do governo de Fernando Henrique, em 1994, a carga tributária no Brasil passou de 21% para quase 35% do PIB (Produto Interno Bruto, total de riquezas produzidas no país). O Brasil passa a contar com uma das cargas tributárias mais altas do mundo. O pior é que, ao contrário da maioria dos países, os impostos incidem principalmente nos assalariados que são descontados em folha (e, portanto, não têm como sonegar). Na outra ponta, o governo simplesmente abandonou os investimentos em infra-estrutura e na área social. Cortou verbas da saúde e da educação (os professores universitários, com salários congelados há 7 anos, estão em greve há mais de 100 dias e as negociações estão emperradas), reformou a previdência social cortando benefícios, entregou a preços de bananas estatais importantes, como as do setor de telefonia e de energia elétrica. Onde foi parar o dinheiro?



Sobrou dinheiro para salvar bancos falidos. Somente na gestão de FHC, bancos como Econômico, Bamerindus, Nacional, Noroeste, entre outros, faliram e receberam doações generosas do governo que praticamente financiou a compra destas instituições por outras, pagando todos os prejuízos. Foram bilhões de reais jogados nos cofres dos banqueiros, que, ao contrário dos bancos que dirigiam, não ficaram sem dinheiro!



Sobrou dinheiro para pagar os juros da dívida. O pagamento de juros da dívida externa e interna consome quase 2/3 do orçamento federal. O governo tem usado do expediente de aumentar os juros para inibir o crescimento e controlar a inflação quando há crises no mercado financeiro. Mas ao aumentar os juros, aumenta a sua própria dívida e mais e mais dinheiro dos contribuintes é usado para isto.



Sobrou dinheiro para financiar a privatização. As privatizações realizadas no governo FHC foram financiadas com dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), instituição que funciona com recursos do PIS/PASEP. Os juros foram baixíssimos. Enfim, o povo brasileiro financiou o capital estrangeiro para comprar as estatais a preços abaixo do mercado.

Aumenta o petróleo, aumenta a gasolina, o diesel, o gaz de cozinha e outras coisas mais. Mas quando baixa o preço do barril de petróleo, os preços destes produtos não baixam.



O modelo econômico do governo atende os interesses dos grandes empresários multinacionais (que receberam estatais de presente), banqueiros e especuladores internacionais. A maior parte do dinheiro dos contribuintes está indo para estes setores. Esta é a lógica do plano econômico do governo e a causa dos imensos problemas sociais que vivemos.



Fonte: http://www.sindiquimicos.org.br/infor1201/11.htm

Um comentário:

  1. Interesante Breno conocer los problemas que tienen ahora en tu país, bueno en realidad no tan diferentes a los nuestros.
    Un abrazo Colombiano

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