sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
DILMA ROUSSEFF É A CANDIDATA DO GOVERNO LULA
O Partido dos Trabalhadores indicou por aclamação no sábado (20) a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para disputar a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, na eleição presidencial de outubro. O evento foi marcado por três temas que estiveram direta ou indiretamente no discurso de vários dirigentes do PT, no palco ou fora dele.
Um deles foi o processo de escolha Dilma Rousseff como pré-candidata do PT, atribuída até dentro do partido à vontade pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outra preocupação foi reafirmar que as diretrizes para o programa do PT aprovadas pelo Congresso do partido na sexta-feira estavam abertas à discussão com partidos aliados e com setores da sociedade.
Por fim, tudo foi montado para associar a imagem de Dilma Rousseff à de Lula e a de seu governo, ambos com aprovação recorde da população.
Os temas estiveram de forma indireta presentes em todos os discursos do dia. "A Dilma não é candidata dela. É candidata de uma coalizão de partidos muito forte. Ela não é candidata do Lula", disse o presidente.
Em seguida, porém, ele assumiu seu papel na escolha e o papel das alianças. "E eu, quando pedi ao PT que apresentasse a Dilma como candidata e aos outros partidos, foi pelas suas qualidades", afirmou o presidente.
No começo de sua fala, já depois de ter sido aclamada pelos delegados do partido como o nome do PT para outubro, Dilma Rousseff se disse orgulhosa da tarefa de continuar a obra "de um líder". "Um líder. O meu líder. De quem eu tenho muito orgulho: o presidente Lula", afirmou.
O tema da relação de Dilma Rousseff com os partidos aliados, e, em especial o PMDB, também esteve na fala de Lula. "Tenho que dito que o PMDB, pelo tamanho dele, vai ser não só o partido que vai estar dentro da campanha como vai ser o partido que provavelmente vai indicar o vice", disse.
Dilma Rousseff também abordou o assunto. "Participo de um governo de coalizão. Quero formar um governo de coalizão", disse ela.
Há três semanas, dirigentes do PMDB haviam se queixado do vazamento de pontos das diretrizes do programa de governo do PT que não teriam sido discutidos com partidos aliados.
A estratégia de colar a imagem da ministra na do presidente ficou evidente até na decoração do auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde o evento foi realizado.
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